O número dos sonhos para um mínimo de prefeitos do MDB em Mato Grosso do Sul nas eleições de 2024 não surgiu por acaso: é de pelo menos 15. A meta, que condiz com o número do partido nas urnas eletrônicas, foi revelada pelo atual presidente do partido, deputado estadual Junior Mochi. Atualmente, o MDB tem nove prefeituras no Estado.
O deputado, que voltou à Assembleia Legislativa de MS depois de uma pausa de quatro anos, em que candidatou-se a governador em 2018, em uma eleição em que foi para o sacrifício pelos colegas de legenda, se prepara para deixar o comando do partido para seu sucessor, no mês de agosto. Ao que todos os acordos indicam, o lugar será preenchido pelo ex-senador e ex-deputado federal Waldemir Moka.
“O Moka é um político de chão, que conhece os diretórios, os filiados do partido, em sua origem. Ele é sem dúvida a pessoa adequada para ocupar a presidência e foi um nome de consenso no partido”, explicou o deputado estadual.
Conforme afirmou Mochi, sua meta na presidência do MDB já foi cumprida nos últimos anos, que era reestruturar o partido, que fez história em Mato Grosso do Sul com ex-governadores como Wilson Barbosa Martins, Ramez Tebet e André Puccinelli.
“Hoje, acredito que somente nós, o PT e o PSDB têm uma base estruturada em praticamente todos os municípios. São partidos independentemente do momento, sempre estarão vivos”, acrescentou.
O planejamento para entregar o partido melhor estruturado para Waldemir Moka assumir a articulação com os diretórios passa por uma reorganização das alianças.
E foi isso que foi feito na segunda-feira, na presença da pessoa do MDB de Mato Grosso do Sul que ocupa o cargo com maior poder hoje em dia: a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante almoço com o presidente estadual do PSDB e ex-governador Reinaldo Azambuja.
O partido fechou acordo para apoiar a reeleição de Eduardo Riedel em 2026. A cúpula do MDB entendeu que daqui a quatro anos não haverá o desejo de André Puccinelli de disputar mais uma eleição, e que não haveria outros nomes para competir com Eduardo Riedel.
Pelo contrário: o consenso entre os emedebistas é que Riedel faz uma boa administração. “O governo atual tem tudo para ter melhores resultados ainda nos próximos anos”, disse Mochi.
O acordo entre os partidos também alcança as eleições municipais de 2024, mas ainda é necessário estabelecer alguns critérios, como delimitar as regiões em que cada partido terá prioridade. A ideia é que MDB e PSDB caminhem juntos e não entrem em atritos.
Sobre a candidatura a prefeito de Campo Grande, também não estão definidas ainda as condições, se o MDB apoiaria um candidato do PSDB ou até mesmo o contrário.
Moka
Sobre passar o bastão do comando regional do MDB a Waldemir Moka, Junior Mochi disse que o colega está animado. “Já está até falando em viajar para o interior, atender as nossas bases”, completou.
Antes de Moka surgir como nome de consenso, o deputado estadual Marcio Fernandes havia se lançado para presidente do diretório. O fato de Fernandes ter mais apoio de nomes do PSDB que dos presidentes de diretório do MDB pesou na rejeição ao nome do deputado, conforme apurou o Correio do Estado.
Moka, depois, apareceu como consenso. O ex-senador tem boa relação com Reinaldo Azambuja. Aliás, Moka foi um dos que convidaram Azambuja a entrar para a política na década de 1990.
9 prefeitos
Atualmente, o MDB conta com nove prefeitos em Mato Grosso do Sul. O objetivo é aumentar esse número.
Conteúdo - Correio do Estado
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.