Publicado em 22/04/2012 às 16:17, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Os dois foram acusados de terem se omitido no caso, mas ambos afirmam ser a favor da CPI
Após serem apontados por não terem assinado, na última quinta-feira (19), a CPI de investigação contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de ter envolvimento com jogos de azar e com políticos e autoridades públicas, os deputados federais de Mato Grosso do Sul Marçal Filho (PMDB) e Henrique Mandetta (DEM) justificaram o que aconteceu.
Mandetta garante que foi um dos primeiros a assinar o documento e que foi pego de surpresa quando começou a ser questionado do motivo pelo qual não teria votado. Vou ver na segunda-feira o que aconteceu. Como fiz apenas a rubrica, imagino que tenham conferido pela minha assinatura oficial, que eu normalmente não uso, argumenta.
Ele ainda reforça que é a favor da CPI e que será a hora de separar o joio do trigo. Se ela for até onde tem que ir, será extremamente esclarecedora. Tem muita coisa por trás disso. Dentro do Congresso, há muita gente boa, mas também muita gente com más práticas, aponta o deputado.
Já Marçal Filho assume que estava ausente na votação, mas justifica que no dia estava nos Estados Unidos, em missão oficial pelo congresso. Contudo, o deputado afirma que também concorda com a CPI.
Quero ratificar minha posição favorável à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Nesta semana, estarei na Câmara para engrossar o grupo que busca identificar todos os envolvidos, sem esquecer a oportunidade defesa a que todos têm direito, diz, em nota oficial.
Marçal lembra, ainda, que já havia se colocado à disposição para assinar e integrar a CPI. Há acusados de diversos partidos, até mesmo a pessoa que esteve liderando este movimento, o deputado e delegado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) teve seu nome citado dentro das acusações do caso cachoeira, pontua, na nota.