Publicado em 08/08/2022 às 10:32, Atualizado em 08/08/2022 às 11:16
Em segundo vem Bolsonaro com cerca de 2 minutos e 40 segundos e em terceiro Simone com 2 minutos e 20 segundos por bloco
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à reta final das convenções partidárias com a coligação mais robusta da disputa, dez partidos, obtendo o maior espaço na propaganda eleitoral na TV e rádio, que começa no dia 26.
Lula deve ter cerca de 3 minutos e 20 segundos a cada bloco de 12min30seg, além de uma média de 7,5 pequenas propagandas diárias de 30 segundos veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras, as chamadas "inserções". O presidente Jair Bolsonaro (PL), que aparece em segundo nas pesquisas eleitorais, reuniu três partidos em sua coligação e terá o segundo maior espaço de propaganda, cerca de 2 minutos e 40 segundos, além de 6 inserções diárias.
Embora tenha perdido parte do protagonismo com a ascensão das redes sociais, a propaganda eleitoral na TV e rádio é peça fundamental de toda a campanha política devido a alguns fatores: em primeiro lugar, o potencial de alcance.
As inserções, em especial, têm potencial de atingir eleitores que não assistem aos blocos fixos na TV e rádio.
Segundo, a propaganda é veiculada na reta final -ela vai de 26 de agosto a 29 de setembro, apenas três dias antes do primeiro turno-, momento de maior atenção da população à disputa.
O terceiro maior tempo de televisão ficará com Simone Tebet (MDB), que atraiu o apoio de PSDB, Cidadania e, na reta final, do Podemos.
Ela deve ter cerca de 2 minutos e 20 segundos por bloco, além de 5 inserções diárias. A exposição é vista por sua campanha como crucial para que ela cresça eleitoralmente e se desloque do pelotão que gira em torno do traço nas pesquisas.
A senadora Soraya Thronicke (União Brasil) terá um tempo de propaganda também relevante, devido ao tamanho da sigla pela qual é candidata, resultado da fusão do DEM com o PSL. Ela terá cerca de 2 minutos e 10 segundos por bloco e 5 inserções diárias. Thronicke assumiu a candidatura recentemente, após a desistência do presidente do partido, Luciano Bivar.
Ciro Gomes (PDT), que está em terceiro nas pesquisas, não conseguiu atrair partidos aliados e terá o quinto tempo de propaganda na sua quarta tentativa de chegar à Presidência da República. Cerca de 50 segundos por bloco, e 2 inserções diárias.
Os números são uma projeção da Folha com base na legislação eleitoral. Eles podem mudar caso o número de candidatos se altere devido a decisões judiciais ou se as coligações sofrerem baixas –o prazo para registro dos candidatos e coligações vai até às 19h do dia 15, véspera do início oficial do período de campanha.
Caso se confirme a coligação em torno do nome de Lula, ela igualará o recorde de Dilma Rousseff em 2010, que também reuniu apoio de dez partidos. Uma das siglas da coligação, porém, o Pros, passa por atribulada disputa judicial que já resultou em três reviravoltas na última semana. Por ora, está no comando a ala que patrocina o apoio a Lula. Bolsonaro caminhava para ter um tempo de propaganda similar ao de Lula, mas na reta final não conseguiu manter o apoio formal do PTB e do PSC.
A divisão da propaganda, pela lei, é definida proporcionalmente ao peso dos partidos que formam a coligação.
Com informações da FolhaPress