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26/03/2018 às 06:39, Atualizado em 26/03/2018 às 10:51

Lula é protegido de ovadas por guarda-chuvas e pede que PM dê "corretivo"

O protesto aconteceu neste final de semana.

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Foto: Reprodução rede social

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou da proteção de guarda-chuvas para não ser atingido por ovos que eram jogados de um prédio localizado próximo à praça onde ele realizava um comício na noite deste domingo (25), em São Miguel do Oeste (SC).

Do palco, Lula disse esperar que a Polícia Militar tivesse "a responsabilidade" de entrar no imóvel para "pegar esse canalha e dar o corretivo nele que ele precisa ter para não tacar ovo nas pessoas".

Procurada pelo UOL, a PM de São Miguel do Oeste informou que esteve no prédio mas não conseguiu identificar de que andar os ovos estavam sendo jogados. A corporação diz se tratar de um edifício de uso comercial e residencial, que fica na rua onde ocorreu o comício de Lula.

Ainda segundo a polícia, foi enviado um efetivo policial "reforçado" para garantir a segurança do ato e evitar confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Lula.

"Esse cidadão está esperando que a gente fique nervoso, suba lá e dê uma surra nele", falou o petista, sendo ovacionado pelo público. "A gente não vai fazer isso", acrescentou. Apesar dos anteparos, o ex-presidente chegou a ser atingido pelos ovos, mas não em cheio.

"Esse cara ou é um débil mental ou não tem o menor apreço por qualquer ser humano, porque esse canalha deveria saber que tem crianças aqui", declarou.

Os primeiros ovos começaram a atingir o palco antes do início da fala de Lula, quando quem discursava era a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido.

"Tenha coragem de descer aqui e falar com o povo. Isso é de uma covardia. Vocês estão estragando alimentos, tomem vergonha na cara. Os ovos de vocês não nos assustam", disse Gleisi depois de um ovo estourar na frente do palanque.

A senadora afirmou ainda que se algo acontecesse com Lula, a responsabilidade seria do governo de Santa Catarina, chefiado por Eduardo Pinho Moreira (MDB), e da Polícia Militar do estado.

Ao longo de todo ato, Lula condenou os diversos ataques sofridos por sua caravana pelo Sul do país. Nessa semana, ele também foi alvo de hostilidade em Bagé (RS), onde começou a viagem.

"Estão a semana inteira tacando ovo na caravana, no palanque. Já devem ter tacado umas 50 dúzias de ovos. Esse filho da mãe vai cair em uma desgraça tão grande que vai implorar para ter um ovo para comer", declarou Lula.

O petista também afirmou que sua caravana não é eleitoral e que ele não sabe se será o candidato do PT na disputa presidencial desse ano. "Não sou candidato ainda. Vai ter convenção do PT, e eu vou ter que esperar o processo em que posso não ser candidato. Estou fazendo isso [a caravana] para conhecer o Brasil", afirmou.

"Eles estão achando que minha prisão vai me calar. São um bando de imbecis. Querem me prender para me impedir de andar por esse país. São tolos, pois eu andarei pelas pernas de vocês. Eu quero que eles saibam que eu não sou o problema desse país, eu sou a solução desse país", disse Lula.

"Quando eu não puder mais falar, eu vou falar pela boca de vocês", acrescentou o petista.

Ao fim de seu discurso, ele falou que sua caravana seguiria para o Paraná, até chegar à capital do estado, na próxima quarta-feira (28).

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