Mesmo antes de tomar posse, o governador eleito em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), teve seu primeiro encontro com a bancada federal na tarde desta quarta-feira (9) para definir como serão empregados os R$ 284 milhões das emendas vindas da União para 2023. Tudo sacramentado pelo atual chefe do Executivo, Reinaldo Azambuja (PSDB).
Ficou acertado que as áreas de infraestrutura, segurança pública, agricultura familiar, saúde, habitação e educação serão as beneficiadas. Será contemplada, por exemplo, a rodovia MS-165, popularmente conhecida como Sul Fronteira, dando continuidade ao investimento em Paranhos, com contrapartida de R$ 50 milhões do Estado.
Também está na lista o Anel Viário de Três Lagoas, a BR-419 e o Aeroporto de Dourados. Virão recursos também paras as Universidades Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul, bem como ao IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e centros de pesquisa. Outros R$ 20 milhões serão investidos na segurança pública.
“É um conjunto de investimentos que faz a diferença para Mato Grosso do Sul. Discutimos recursos necessários para o desenvolvimento do Estado, incluindo investimentos de maneira inédita na habitação”, disse Riedel.
Azambuja, por sua vez, explicou que a presença do sucessor foi determinante. “Inicialmente colocamos cinco emendas como prioritárias - Anel de Três Lagoas, Aeroporto de Dourados, BR-419, Segurança Pública e Sul-fronteira. E fomos conversar com o Eduardo e a bancada para não termos prejuízos com a interrupção das ações e para que ele possa colocar as prioridades para o novo governo que começa em janeiro”, finalizou.
Fizeram parte da reunião as senadoras Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e a deputada federal e senadora eleita Tereza Cristina, ela assumirá a cadeira deixada pela emedebista a partir do ano que vem. Também estiveram presentes os deputados reeleitos Beto Pereira e Dagoberto Nogueira, ambos do PSDB, Luiz Ovando (PP) e Vander Loubet (PT). Além de Rose Modesto (sem partido) que termina mandato no final do ano.
Mais – A ida de Azambuja e Riedel a Brasília não se deu somente pelo encontro com a bancada federal. O chamado partiu do presidente nacional da cúpula tucana, Bruno Araújo, para discutir o futuro da sigla que teve o pior desempenho da história nas eleições. Foram eleitos três governadores, além de Mato Grosso do Sul, Pernambuco com Raquel Lira e Rio Grande do Sul com Eduardo Leite, perdendo o comando de São Paulo após 28 anos de hegemonia.
Outra pauta a ser tratada será o posicionamento do PSDB em relação ao presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por aqui, Riedel já antecipou que será relação de civilidade, mas ao que tudo indica o partido será oposição no Congresso. Tasso Jereissati, um dos caciques da legenda, disse no início da tarde que a tendência é que seja “oposição não sistemática” e sem cargos no Governo Federal.
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