Publicado em 06/01/2023 às 10:30, Atualizado em 05/01/2023 às 22:58

Juiz mantém 7 vereadores acusados de corrupção afastados por mais 15 dias

Polícia pediu mais 6 meses de afastamento de oito vereadores, mas caso será analisado por juiz titular

Redação,
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Divulgação

Sete vereadores de Maracaju vão continuar afastados dos mandatos por pelo menos mais 15 dias. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) pelo juiz plantonista Juliano Luiz Pereira.

Eles são investigados pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) por corrupção no âmbito da Operação Dark Money, acusados de receber mensalinho na gestão do prefeito Maurilio Azambuja (MDB) para não investigar atos da prefeitura e para aprovar projetos de interesse do Executivo.

Com a decisão, o atual presidente da Câmara Robert Ziemann (PSDB), Laudo Sorrilha Brunett (PSDB), Ludimar Portela, “Nego do Povo” (MDB), Joaozinho Rocha (MDB), Hélio Albarello (MDB), Antonio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB), e Jefferson Lopes (União Brasil) não poderão reassumir os cargos nesta sexta-feira (6).

Os sete e o vereador Ilson Portela, (União Brasil), o “Catito”, foram afastados por 30 dias em 7 de dezembro do ano passado. Entretanto, Portela reassumiu o mandato na terça-feira (3), beneficiado por habeas corpus concedido pelo desembargador Sidenei Soncini Pimentel, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

A reportagem do Campograndenews apurou que após analisar documentos e outras provas coletadas durante as buscas do dia 7 de dezembro, o Dracco pediu novo afastamento dos vereadores, dessa vez por 180 dias (seis meses).

Juiz de plantão em Maracaju, Juliano Luiz Pereira entendeu não ser assunto para análise durante plantão judiciário e preferiu deixar a decisão para o juiz titular, que está em recesso.

No entanto, para impedir o retorno imediato dos vereadores, o magistrado prorrogou o afastamento por mais 15 dias. A única exceção foi Ilson Portela, devido ao habeas corpus do TJMS.

Novas provas - O Campo Grande News apurou que assim que o juiz titular retornar ao trabalho, a Justiça deverá analisar o novo pedido de afastamento por seis meses, inclusive em relação a Ilson Portela, o “Catito”. Novas provas do esquema anexadas ao processo podem levar o Poder Judiciário a rever o retorno dele à Câmara.

A decisão de hoje vale também para o suplente de vereador Vergílio da Banca (MDB), que deveria ter assumido após os afastamentos de dezembro. Entretanto, ele também é um dos investigados e ficou impedido de assumir a vaga, atualmente com a segunda suplente, Gracinha Pernambucana.

Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada”, e Toton Pradence, que exerciam mandato até 2020, também são alvos da operação acusados de receber mensalinho com dinheiro desviado do cofre público através de uma conta fantasma da prefeitura.