A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estaria exercendo funções significativas dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo publicado pelo Estadão neste domingo, 18. A esposa do petista, que frequentemente fala sobre "ressignificar o papel da primeira-dama", participa de reuniões com ministros, interfere nas publicidades do governo e tem até poder de veto.
Conforme a publicação, Janja determina mudanças e, se não gostar, a iniciativa não segue adiante. Um exemplo da influência da primeira-dama foi a decisão de não remunerar blogueiros alinhados ao governo, como propôs o PT.
Segundo o jornal, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, até pressionou, mas a decisão final foi de Janja, que vetou o pagamento. Ainda conforme o Estadão, a primeira-dama defende que a comunicação seja mais voltada para a televisão aberta.
Ao jornal, o governo negou que Janja interfira na comunicação ou na publicidade institucional. No entanto, uma fonte ouvida pelo Estadão teria dito que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já alertou Lula sobre a insatisfação dos companheiros. Lula teria respondido que ele não deveria repetir a crítica, caso não quisesse perder a amizade.
Uma das reclamações de aliados é de que Lula não tem o horário do almoço disponível para receber políticos, e dedica apenas os finais de semana para estar com sua base. De acordo com publicação de Lauro Jardim, em O Globo, ministros já haviam se queixado de o "horário nobre" da agenda de Lula ser ocupado por Janja.
A assessoria de Wagner negou qualquer crítica à primeira-dama. "Não há nenhum fundo de verdade nesse tipo de comentário, nesse tipo de ilação. O senador está absolutamente indignado com isso", disse.
Repercussão
Logo após a publicação da matéria do Estadão, o nome de Janja entrou na lista de assuntos mais comentados do Twitter. Usuários da plataforma chegaram a comparar a postura da atual primeira-dama com a anterior, Michele Bolsonaro.
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