A primeira pesquisa Ipems/Correio do Estado aponta que a disputa para o governo de Mato Grosso do Sul ainda está muito longe de uma definição. E o indicador responsável por esta constatação é o alto número de eleitores indecisos na pesquisa espontânea.
De uma forma simples e direta, quando perguntados em quem votariam para governador sem que nenhum nome fosse apresentado, 76,21% dos entrevistados disseram não saber ou preferiram não opinar.
A justificativa para este alto número de indecisos, conforme o estatístico e diretor do Instituto de Pesquisas do Estado de Mato Grosso do Sul (Ipems), Lauredi Sandim, é porque o eleitor ainda está interessado em outras coisas, e não nas eleições.
“Penso que ainda não existe uma campanha, nem mesmo uma pré-campanha, nas ruas. Por isso os mais citados na pesquisa espontânea não chegam a 10% das intenções de voto”, explica Sandim.
Nesta mesma pesquisa, em que os nomes não são lançados ao eleitor, Marquinhos Trad (PSD) foi o mais citado, com 7,14% das intenções, seguido do ex-governador André Puccinelli (MDB), com 6,15% das intenções. Em terceiro apareceu o deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 3,46%, e em quarto, o ex-secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB), com 3,27%.
Ainda na pesquisa espontânea, Rose Modesto (União Brasil) teve 3,13% das citações dos eleitores, seguida de Giselle Marques (PT), com 0,18%. A pré-candidata do Psol, Luhhara Arguelho, não foi citada na pesquisa espontânea.
Por tratar-se de uma pesquisa espontânea, nomes que sequer se colocaram na disputa para governador apareceram na pesquisa, como, por exemplo, o do deputado estadual Coronel David (PL), com 0,08%, e do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PSD), com 0,07%.
ESTIMULADA
O Ipems/Correio do Estado também apresentou a lista de pré-candidatos aos entrevistados e, neste cenário – de pesquisa estimulada –, os resultados são diferentes.
O líder da pesquisa estimulada é o ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli, que aparece com 27,32% das intenções de voto. O segundo colocado é o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, com 23,03% das intenções.
A deputada federal Rose Modesto é a terceira colocada, com 14,48% da preferência do eleitorado do Estado, seguida do deputado estadual Capitão Contar, que tem 9,86% das intenções.
O ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel está em quinto, com 9,15% das intenções de voto. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,40 pontos porcentuais, para mais ou para menos, ele está tecnicamente empatado com Capitão Contar.
A advogada Giselle Marques tem 2,57% das intenções de voto, e Luhhara Arguelho, 1,10%. Ambas também estão em empate técnico.
Neste cenário, o número de indecisos, que não souberam ou não responderam e que votarão em branco ou anularão o voto é de 12,49% dos entrevistados.
A pesquisa Ipems/Correio do Estado foi realizada nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul entre os dias 26 de junho e 2 de julho. Foram realizadas 1.665 entrevistas. A margem de erro é de 2,40 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o grau de confiança (a possibilidade de retratar a realidade) é de 95%.
A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número MS-04652/2022 e obedece à Resolução 23.600/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Como a margem de erro é de 2,40 [pontos porcentuais], para cima ou para baixo, também podemos dizer que existe uma indefinição em relação ao segundo turno. Se continuarmos a levar em conta o fator de [ainda] não haver campanha nas ruas, tudo pode acontecer”, contextualiza Sandim.
REJEIÇÃO
O Ipems/Correio do Estado também verificou a rejeição dos pré-candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, e o resultado apresentado reproduz a mesma ordem de classificação da pesquisa de intenção de votos estimulada.
O ex-governador André Puccinelli é o mais rejeitados pelos eleitores: os que não votariam nele de jeito nenhum representam 35,50% do eleitorado.
Marquinhos Trad é o segundo mais rejeitado, com 29,07% de desaprovação pelos eleitores.
Rose Modesto é rejeitada por 24,04% dos eleitores, e Capitão Contar teve 16,33% dos eleitores que não votariam nele de forma alguma.
Eduardo Riedel foi reprovado por 15,77% dos eleitores, Giselle Marques (PT), por 12%, e Luhhara Arguelho, por 10,45%.
Com informações do Correio do Estado
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