Publicado em 01/10/2022 às 16:33, Atualizado em 01/10/2022 às 10:46
O próprio presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não participou das agendas de campanha do presidente nas últimas semanas
Importantes aliados do Centrão apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) reduziram as aparições ao lado do chefe do Executivo nas últimas semanas.
O próprio presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não participou das agendas de campanha. Valdemar também não estava entre os convidados de Bolsonaro no debate da TV Globo, na quinta-feira (29). Ele foi o único líder partidário que não compareceu ao evento, segundo o Portal de Noticias IG.
Em nenhum momento, o chefe do partido endossou publicamente a desconfiança de Bolsonaro em relação às urnas e ao sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, na quarta (28), ele esteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a convite do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, para conhecer a sala de totalização, chamada por Bolsonaro de "sala secreta". Na saída, Valdemar afirmou a jornalistas que não havia segredos e que a sala era "aberta".
Valdemar tenta se dissasociar de um documento divulgado pela campanha de Bolsonaro que afirmou haver "riscos elevados" de quebra de segurança do sistema eleitoral, mas, ainda assim, o TSE quer apuração sobre isso. Na quinta-feira, o órgão deu 24 horas para o chefe do partido se explicar. Em nota, o TSE disse em nota que as alegações são falsas, antidemocráticas e com o intuito de atrapalhar as eleições.
Além de Valdemar, outro aliado do Centrão que tem se distanciado de Bolsonaro é Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil e coordenador da campanha de reeleição. Ele se afastou dos afazeres da campanha viajou ao Piauí, seu estado natal e reduto eleitoral, para investir na tentativa de eleger aliados. Ciro é padrinho político de Silvio Mendes (União), candidato a governo do Piauí que se mantém neutro na disputa presidencial. Bolsonaro não viajou para o estado em nenhum momento da campanha.
Perto dali, outro reduto eleitoral de um importante aliado do Centrão que também não recebeu a visita de Bolsonaro foi Alagoas, de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição no estado. O presidente chegou a pedir votos para Lira durante uma de suas lives diárias para divulgar seus candidatos, mas as duas campanhas não se misturaram no meio do caminho.
São Paulo, estado com maior colégio eleitoral do país e estratégico para a reeleição de Bolsonaro, recebeu a visita do presidente pelo menos sete vezes durante a campanha. Em nenhuma delas, no entanto, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, esteve presente.