Publicado em 16/03/2017 às 07:00, Atualizado em 15/03/2017 às 21:37

Governo promete cortar ponto de professores e reposição de aulas pode ficar comprometida

Se corte acontecer, Fetems diz que não haverá reposição.

Redação,
Cb image default
Reprodução Midiamax

O governo do Estado vai cortar o ponto dos professores que não se apresentarem para trabalhar a partir desta quarta-feira (15). A decisão deve comprometer a reposição das aulas dos estudantes, já que, de acordo com representantes da categoria, a greve continua e, caso o corte do ponto ocorra, os dias perdidos não serão repostos.

“Se cortar o ponto não vai ter reposição. Em Mato Grosso do Sul nunca cortou e nunca deixamos de repor”, explica o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli.

Conforme Botarelli, a greve dos professores, em protesto à reforma da Previdência, apresentada pelo Governo do Estado, começou nesta quarta-feira (15) e não tem prazo para terminar. “A greve continua e por prazo indeterminado. No fim, sentamos e negociamos a reposição, mas somente se não cortarem nosso ponto”, afirma.

A confirmação do corte do ponto dos professores da rede estadual de ensino foi confirmada na tarde desta quarta-feira (15) pela assessoria de comunicação do Governo.

Lucilio Nobre, presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública ) também confirma que a greve dos professores segue. “Algumas escolas disseram que iriam parar somente um dia, mas esperamos que depois da mobilização elas permaneçam conosco”, explicou.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) chamou a paralisação dos profissionais de “ato democrático”, porém, se disse preocupado “com os prejuízos que possam advir sobre as crianças que tiveram aulas suspensas e conteúdo programático não repassado”.

Segundo Marquinhos, até agora não foram planejadas medidas rigorosas, mas segundo ele, as aulas terão de ser repostas e, caso a greve se estenda, reunião com representante dos educadores será feita.

“O Município não pode sofrer essa sanção, se a manifestação se estender vamos chamá-los para uma conversa e mostrar a eles que nós também somos favoráveis a manifestações, mas sem prejuízo sem prejuízo”, finalizou.