Publicado em 16/05/2012 às 10:40, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Levantamento da Confederação Nacional revela que existe repasses atrasados da União há quatro anos.
A dívida de R$ 536,7 milhões do Governo federal com as prefeituras de Mato Grosso do Sul prejudicam o andamento das obras. A constatação é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que divulgou, ontem, o relatório dos restos as pagar (valores que constam no Orçamento da União que não são repassados aos prefeitos), durante abertura da XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada em Brasília até amanhã.
A falta deste recurso vai gerar um impasse nas administrações municipais, já que os atuais gestores terão de entregar as prefeituras com as contas em dia. "Ele (prefeito) licitou a obra, ou ele conclui ou deixa dinheiro em caixa para o próximo prefeito terminá-la. Sem este dinheiro dos restos a pagar, os prefeitos vão ter parar as obras por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Corre o risco de 90% dos prefeitos se tornarem ficha suja por culpa destes recursos", afirmou Jocelito Krug, prefeito de Chapadão do Sul e presidente da Associação dos Municípios de MS (Assomasul).
Ontem, durante a abertura da Marcha dos Prefeitos, a presidente Dilma Rousseff foi criticada pelos prefeitos. "A creche é um presente de grego", disse Krug, explicando que cerca de 35% dos recursos terão de sair do caixa das prefeituras.