O café da manhã pode ficar mais barato ao sul-mato-grossense e o mocinho deflacionário será o pão francês. Pela estimativa do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul (Sindipan), o produto pode ter o preço reduzido em até 13%, da média de R$ 8,50 para R$ 7,50 o quilo. A projeção de redução ocorre depois de a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovar, na terça-feira, projeto que desonera a produção do pão.
O Brasil inteiro vai baixar e nós também vamos, afirmou o presidente do Sindipan, Raul Alves Barbosa. Conforme ele, o preço do quilo do pão varia, hoje, de R$ 6,50 a R$ 10,50 nas padarias do Estado. A média, de R$ 8,50, pode cair para R$ 7,50. Barbosa pondera, no entanto, que a estimativa será revista e melhor definida até o fim deste mês. Apesar disso, ele acredita que o valor deva cair de modo acentuado, porque o preço praticado em alguns estabelecimentos passa da casa dos R$ 10. Em alguns casos, o preço do pão pode cair até R$ 2, acrescenta.
A projeção de queda do valor do pão resulta do alívio da carga tributária da produção do alimento. Na terça-feira, a CAE aprovou o Projeto de Lei 63/2011 que exclui da base de cálculo do Simples Nacional as receitas da venda de pão por padarias e estabelecimentos semelhantes. A medida deve puxar para baixo o valor do produto, pois 95% das 75 mil empresas do setor do País estão enquadradas no Simples.
A autora do projeto, a senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), acredita que a desoneração pode desembocar na queda média de 4% no valor do pão ao consumidor final. O percentual é três vezes inferior ao estimado pelo presidente do Sindipan para Mato Grosso do Sul.
A matéria ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado, depois pela Câmara, para que a mudança entre em vigor.
Custo da produção O pão tem ficado mais caro no varejo não apenas pelo peso dos tributos, mas também pelo custo da produção, afirma Barbosa. De acordo com ele, o preço médio da saca de 50 quilos da farinha de trigo passou de R$ 60 para R$ 75 entre 2012 e este ano. É muito caro para a indústria, reclama. E assegura: Se a farinha ficar mais barata, o preço do pão pode cair ainda mais.
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