Publicado em 06/04/2013 às 11:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O deputado federal Edson Giroto (PMDB) foi convocado pelo governador André Puccinelli (PMDB) para assumir a secretaria de Obras no lugar de Wilson Cabral. Giroto acatou o pedido do líder político e aceitou voltar para a secretaria. Porém, deve continuar recebendo salário de deputado.
Se optar por receber como secretário, Giroto terá um prejuízo de pelo menos R$ 6,7 mil. Na Câmara Federal o salário de Giroto é de R$ 26.723,13. No posto de secretário ele receberá no máximo R$ 20,3 mil. Além do salário, os deputados têm direito a atendimento médico ilimitado, passagens aéreas, carro alugado, combustível, conta de telefone paga pelo estado e até auxílio-moradia.
Só nos três primeiros meses de 2013, o deputado Edson Giroto gastou 61.402,14 de verba indenizatória. Desta despesa, destaca-se o valor de R$ 15,4 mil só para pagamento de publicidade e R$ 7.046,95 de passagens aéreas e fretamento de aeronaves.
O deputado licenciado e atual secretário de Habitação de Mato Grosso do Sul, Carlos Marun, acredita que o deputado deve optar por continuar recebendo da Câmara, visto que a licença deve ser apenas por um período. Marun explica que receber o salário da Câmara por um período e do Estado por outro pode trazer transtornos na hora de declarar o imposto de renda.
Atualmente, Marun recebe como deputado estadual. Ele explica que na outra legislatura chegou a receber como secretário, o que trouxe transtorno na hora de declarar imposto. O salário de um deputado estadual em Mato Grosso do Sul é de R$ 20.025,00.
A lei permite que o político escolha se prefere receber como deputado ou secretário de Estado. A mesma legislação serve para os casos de servidores públicos que ganham mais do que a função que exercem na política. É o caso de Lídio Lopes, que quando era vereador optou por receber como funcionário do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.
Giroto deve optar por receber os R$ 26.723,13 de salário do deputadoA vereadora licenciada, Thais Helena (PT), optou por receber o salário de vereadora, de R$ 15.031,00, a ganhar como secretária da prefeitura, onde ganharia R$ 11.619,79 na chefia da Assistência Social.