Publicado em 16/12/2024 às 14:29, Atualizado em 16/12/2024 às 11:32
Delação de Mauro Cid cita que recursos entregues por Braga Netto foram obtidos com "pessoal do agronegócio"
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu que seja feita uma investigação com urgência e rigor sobre a suspeita do envolvimento do "pessoal do agronegócio" na tentativa de golpe em 2022, por meio de financiamento do plano.
A bancada afirmou que "ações isoladas" não podem comprometer a imagem do setor e cobrou que as investigações sejam conduzidas “de forma legal, transparente, equilibrada", seguindo a Constituição.
O posicionamento veio após a divulgação de trechos da delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, no documento que decretou a prisão preventiva de Braga Netto, que mencionam a entrega pelo general de um dinheiro obtido "junto ao pessoal do agronegócio".
O dinheiro citado por Cid foi entregue ao Major Rafael de Oliveira, em uma sacola de vinho, para financiar as despesas necessárias para a realização do golpe.
Prisão
O general da reserva Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente em 2022, é acusado de obstrução de justiça no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckimin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Com as novas informações trazidas pelo ex-ajudante de ordens, que "revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento", Moraes decidiu acolher o pedido de prisão preventiva do general, feito pela PF, que foi mantido após audiência de custódia na tarde de sábado.
Com informações do SBT NEWS