Publicado em 31/01/2013 às 16:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Ex-deputado exonerado emplaca esposa com salário de R$ 7 mil no governo de Puccinelli

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, Midiamax

O ex-deputado estadual Reginaldo Ferreira (PRB) conseguiu recuperar o cargo perdido na administração de André Puccinelli (PMDB). Ele foi um dos 143 demitidos no começo do ano. No governo, Reginaldo Ferreira tinha o posto de DGA-1, com salário de R$ 4.873,01, com direito a mais 60% de representação, podendo chegar a 7.796,81.

O ex-deputado ficou pouco tempo sem o bom rendimento. No dia 22 de janeiro o Midiamax divulgou que Puccinelli havia contratado Rosemary Bezerra de Moraes Ferreira para exercer a função de DGA-1, um dos mais valorizados postos do governo.

Na ocasião a reportagem não encontrou motivos que justificassem a contratação de Rosemary em um posto, geralmente, ocupado para abrigar políticos na secretaria de Governo. Porém, um leitor que preferiu não se identificar, informou que Rosemary é esposa do ex-deputado Reginaldo Ferreira.

O Midiamax entrou em contato por mais de uma vez com o diretório estadual do PRB para falar com o ex-deputado, explicando do que se tratava. Porém, por meio de uma secretária chamada de Silvana, disse que não tinha tempo para falar com a reportagem, que poderia “fazer o trabalho dela”.

Um texto de autoria de Reginaldo, publicado no site do PRB, chega a ser irônico frente a situação: “Vamos trazer pessoas que realmente são lideranças para a comunidade, pessoas de bem, de respeitos “Ficha Limpa”, não queremos políticos viciados que querem fazer dos cofres públicos o seu caixa 2, que queiram usar o nosso querido PRB Sul mato-grossense, como uma simples sigla partidária para se beneficiar de favores políticos. NÃO! NÃO É ISSO QUE ESTAMOS BUSCANDO”, diz parte do texto.

A justificativa de Puccinelli para exonerações era de que precisava estimular a eficiência dos serviços e melhorar a operacionalização. Porém, a justificativa não foi bem aceita por quem se espantou com o tanto de comissionados, que segundo Puccinelli é de, aproximadamente, 1900. Os deputados Pedro Kemp (PT) e Cabo Almi (PT) foram alguns dos que criticaram a justificativa de Puccinelli e disseram que as demissões serviriam para abrigar desempregados da administração de Nelsinho Trad (PMDB). O deputado Pedro kemp foi além e lembrou que muitos nem compareciam ao trabalho, se encaixando no perfil dos chamados fantasmas.

A lista de exonerados recontratados de Puccinelli inclui os comissionados: Moraima Batista Porello - DGA-2; Larissa Scheibeler, DGA-3; Alexandre Bossay - DGA-3, Ana Letícia Silveira de Arruda - DGA-5, Deborah Fonseca Araújo - DGA-5; Elizandra de Oliveira Gestão e Assistência - DGA-5; Marly Luiza Lopes Beda - DGA-5; Azarias Fabrício do Nascimento - DGA-5; Vilma Maria Retucci - DGA-3; Eliza Braga Direção-Executiva e Assessoramento - DGA-3; Fabiana Penrabel Galhardo - DGA-3; Helena Pinto Medeiros Torres - DGA-6; Izabel Cristina Araújo Corrêa - DGA-4; Heidi Lilian de Paula Davi - DGA-3; Olivia Freire - DGA-3 e Isaias de Souza Franco - DGA-6.