O Governo do Estado deve encaminhar hoje (18) ao Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) duas opções para tentar fechar um acordo com os agentes e encerrar atos que ocorrem há semanas e paralisação marcada para amanhã. A categoria cobra promessa da gestão anterior de elevar a remuneração para que seja a sexta melhor entre policiais civis no País.
A informação foi revelada por deputados, que criaram uma comissão para mediar o assunto e fizeram nova reunião com o governo. Os termos foram detalhados à reportagem pelo secretário de Administração, Frederico Felini.
Ele explicou que o Executivo mantém a oferta inicial de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150, diante de descontos previstos na folha de pagamento. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.
O secretário pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.
A segunda possibilidade, segundo Felini, é encurtar a progressão na carreira dos policiais, excluindo a fase inicial, que tem a menor remuneração, hoje em R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso dos agentes a R$ 6,3 mil, atendendo cerca de 300 a 400 pessoas.
O titular da Administração diz que nesse momento não há condições de fazer um escalonamento para elevação gradativa da remuneração, apontando que envolveria previsões orçamentárias.
Integrante da comissão de deputados, Pedro Caravina (PSDB), que é delegado da Polícia Civil, disse ter expectativa de que as possibilidades apresentadas pelo governo resultem em negociação e a paralisação anunciada para amanhã seja cancelada.
Com informações do Campograndenews
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