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03/11/2022 às 09:00, Atualizado em 02/11/2022 às 23:42

Em vídeo, Bolsonaro faz apelo para desobstrução das rodovias

'O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas', disse Bolsonaro.

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Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (2) em que faz um apelo para a desobstrução das rodovias.

Desde o domingo (30), quando Bolsonaro perdeu o 2º turno das eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores bolsonaristas fizeram bloqueios ilegais em pontos de rodovias do país, inclusive na região do Vale do Ivinhema.

"Eu quero fazer um apelo a você, desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, a nossa legitimidade", disse Bolsonaro.

"O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economia", continuou o presidente.

Na terça-feira (1º), Bolsonaro já tinha pedido a desobstrução. O pedido foi feito em seu primeiro discurso após o resultado das eleições.

A Polícia Rodoviária Federal informou que desfez 688 manifestações. Na segunda-feira (31), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a corporação e as polícias militares estaduais tomassem as medidas necessárias para desobstruir as vias.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF) investigue possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

Segundo ofício da Procuradoria da República no Distrito Federal, o inquérito deve apurar blitz realizadas pela corporação durante o 2º turno das eleições e omissão em relação aos bloqueios em rodovias.

O MPF apontou que, se comprovada omissão do diretor da PRF, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso Silvinei Vasques – que declarou apoio a Bolsonaro na eleição – pode responder por "crimes praticados por invasores de rodovias".

A prevaricação está configurada quando o funcionário público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei, "para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa.

Com informações do G 1

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