Publicado em 04/06/2013 às 18:44, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Somente o judiciário pode resolver os conflitos por terras em Mato Grosso do Sul. Com estas palavras o Presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Zé Teixeira (DEM), subiu à tribuna na sessão plenária desta terça-feira (04) para defender que o Poder Judiciário é o único capaz de por fim nos conflitos agrários que acontecem no Estado.
O primeiro pilar da Democracia é o Legislativo, que faz as leis. O segundo é o executivo e o terceiro, e mais importante, é o judiciário, que faz cumprir as leis. Então afirmo que o Poder Judiciário brasileiro tem total competência para resolver este assunto de demarcação de terras no Estado e por um ponto final neste conflito.
Para Zé Teixeira o que está acontecendo em Mato Grosso do Sul é um total descumprimento da Constituição. Lei é feita para ser cumprida. Mas não é o que nós estamos vendo. Hoje o que acontece é uma desobediência civil. Há invasões de povos indígenas a propriedades particulares, amparados pelas Ongs nacionais e internacionais. Existe também falta de vontade política da presidenta Dilma, pois, se ela quiser, através de uma prerrogativa Constituicional, incorpora a preço justo as propriedades em conflito no patrimônio da União e dá para o índo usar, disparou o parlamentar.
No pronunciamento o deputado repudiou a forma com que o produtor rural vem sendo tratado no Brasil. Hoje, o homem do campo é tratado como se fosse um bandido. Justo este trabalhador que contribui de maneira efetiva para o crescimento da economia brasileira. Isto é um absurdo.
Zé Teixeira mostrou-se contrário ao posicionamento da Igreja Católica representada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário). As Instituições pedem para que a Funai seja a única responsável pelos estudos antropológicos e demarcações de terras no Brasil. Não pode vir um presidente de uma instituição religiosa pedir para que a Funai seja o único órgão envolvido no processo demarcatório, até porque, ela jamais fará estudo antropológico e dizer que a área não é indígena, opinou.
Zé Teixeira finalizou seu discurso afirmando que o envolvimento de qualquer entidade religiosa não contribuirá para a resolução do conflito. Estão querendo colocar religião no assunto. Se colocarem as instituições religiosas, então vamos inserir também o Bispo Edir Macedo (líder da Igreja Universal do Reino de Deus), afinal, tem mais é índio evangélico do que católico, finalizou o deputado.