Publicado em 19/11/2023 às 13:30, Atualizado em 19/11/2023 às 12:11
PSDB e MDB podem ficar em lados opostos na cidade no pleito local
As eleições municipais do próximo ano prometem aquecer antigas rivalidades por todo o Mato Grosso do Sul. O que todos os pré-candidatos concordam é que eleição é igual a partida de futebol, que só é definida após o apito final do juiz. Assim, partidos rivais já se organizam para o pleito de 2024. Em Ivinhema, o cenário é exatamente esse, já que devem se enfrentar, novamente, o prefeito Juliano Ferro (PSDB) e Rogério Câmara (MDB).
Na eleição passada, os dois se enfrentaram nas urnas e o prefeito atual ganhou, com pouca diferença. Apesar de confirmar que estão de lados opostos, Rogério diz que ainda não está definido se ele será o pré-candidato. A escolha vai depender do entendimento do partido. “Meu nome está à disposição do meu partido e dos demais partidos que queiram fazer oposição à atual administração. Ser candidato dependerá muito dos nossos companheiros”, declarou Rogério.
Irmão do deputado Renato Câmara, Rogério fez questão de destacar que uma aliança na cidade, entre PSDB e MDB, só seria possível se o candidato não fosse o atual prefeito. “O MDB é um partido de oposição à atual a administração. Se o candidato do PSDB não for o atual prefeito, não teremos problemas em conversar. Pois, o PSDB e MDB sempre caminharam juntos, em Ivinhema”, ponderou.
No entanto, o prefeito Juliano Ferro (PSDB) não dá sinais de que poderia abrir mão de concorrer à reeleição. Na verdade, ele acredita que as pesquisas que lhe atribuem altos índices de aprovação são a indicação que a disputa, desta vez, será tranquila. “Sou prefeito e vou para reeleição. A última pesquisa que teve apontou 96,4% de aprovação. Fizeram uma pesquisa, perguntaram: em quem você vota? Colocaram meu nome, o nome do ex-prefeito, o nome da pessoa que ficou em segundo lugar na última eleição. Eu saí com 75%, o segundo lugar com 5%, o ex-prefeito e o que perdeu para nós a eleição teve 45%, agora saiu com 3%”, disse Juliano.
Para ele, o número elevado de aprovação é resultado do trabalho da atual administração na cidade. “Estamos fazendo um trabalho que nunca foi executado, em Ivinhema. Muitas obras com recursos próprios, aqui nunca teve obras com recursos próprios. Implantação de coleta seletiva, limpeza da cidade, grandes obras, por meio de financiamento. Captamos muitos recursos, fizemos asfalto, avenidas”, disse.
Quanto às pesquisas, Rogério Câmara afirma que elas não refletem, de verdade, a realidade do cenário, em Ivinhema. “Acredito que a pesquisa que foi publicada, não sei de que forma foi feita, mas não retrata o real cenário político”, disse.
Outros concorrentes
Além dos dois, foram apontados como nomes para disputa para a Prefeitura de Ivinhema, em 2024, o ex-prefeito Éder Tuta (PSDB), Ângela Casarotti (PSD/viceprefeita) e o empresário Fábio do Canto (União Brasil).
De acordo com o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), Ivinhema tem 20.720 eleitores, sendo: 10.094 homens e 10.626 mulheres. Quanto à escolaridade, 774 dos eleitores são analfabetos, 1.626 leem e escrevem, 5.752 têm o fundamental incompleto; 1.650, fundamental completo; 3.152, médio incompleto; 4.346, médio completo; 1.052, superior incompleto e 2.368, superior completo. Segundo o IBGE.
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ivinhema é o 2º município mais populoso da região do Vale do Ivinhema, com 27,8 mil habitantes (2022). O PIB da cidade é de cerca de R$ 1,5 bilhão de reais, sendo que 36,6% do valor adicionado advém da agropecuária. Na sequência, aparecem as participações da indústria (28%), dos serviços (22,9%) e da administração pública (12,4%). Com esta estrutura, o PIB per capita de Ivinhema é de R$ 62,8 mil, valor superior à média do Estado (R$ 43,6 mil), da grande região de Dourados (R$ 48,4 mil) e da pequena região de Nova Andradina (R$ 52,6 mil).
Por – Daniela Lacerda