Publicado em 29/02/2012 às 11:09, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Entidade avisa que se não houver correção vai à Justiça: Assomasul prevê colapso financeiro
Professores da rede pública de 61 dos 78 municípios do Estado recebem menos do que o piso salarial da categoria, de R$ 1.451, reajustado em 22,22% pelo Ministério da Educação (MEC). A Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems) avisou que se os salários não forem corrigidos, vai à Justiça. Já a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) acha que o cumprimento da norma pode provocar "colapso financeiro" nas prefeituras.
Por determinação MEC, o piso do professor, com nível médio e jornada de 40 horas semanais, é de R$ 1.451 e o novo valor deve ser retroativo a 1º de janeiro. O presidente da Assomasul e prefeito de Chapadão do Sul, Jocelito Krug (PMDB), disse que só teria uma maneira de os prefeitos cumprirem a regra do MEC: "o governo federal precisa cumprir a sua parte e liberar mais recursos para a Educação. Caso contrário, nós [prefeitos] vamos pagar o salário do professor e dar calote nos fornecedores, por exemplo", disse.
Krug não soube precisar ainda o tamanho do impacto que o reajuste deva causar na folha de pagamento das prefeituras. "Algumas prefeituras teriam que fechar as portas, simplesmente isso", disse ele. "Vamos buscar ajudar financeira, não há outro jeito", disse. No País, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o impacto nas contas dos 5,5 mil municípios será de R$ 1,6 bilhão.