Publicado em 06/10/2022 às 10:30, Atualizado em 06/10/2022 às 10:15
O eleitor brasileiro deu 3,8 milhões de votos a políticos que ainda têm registro sob análise da Justiça Eleitoral
Anulados sub judice – Em Mato Grosso do Sul, além dos 48 mil eleitores que decidiram votar em branco ou nulo e os 440 mil que não comparecer às seções de votação, 73.716 votos foram depositados em pessoas que tiveram as candidaturas barradas pela Justiça Eleitoral. Estes são os votos que foram digitados nas urnas e confirmados, mas anulados depois.
Números – Dentre os votos cancelados judicialmente, 49.615 foram dados a candidatos a deputado federal, 19.108 a quem pleiteava vagas na Assembleia Legislativa, 2.892 foram para Magno de Souza, candidato do PCO ao Governo, e 2.101 para Anizio Tocchio, candidato do Psol a Senador. E votar em candidatos sub judice (quando ainda estão tentando provar a validade das candidaturas) não é exclusividade do sul-mato-grossense. O eleitor brasileiro deu 3,8 milhões de votos a políticos que ainda têm registro sob análise da Justiça Eleitoral.
Reviravolta – Os votos anulados podem simplesmente ser “jogados fora”, mas também mudar o cenário político, como no caso da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O vereador Tiago Vargas (PSD) teve a candidatura indeferida por ter sido considerado inelegível, uma vez que foi demitido do cargo de agente de polícia, após Procedimento Administrativo Disciplinar. Agora, corre contra o tempo para validar os 18 mil votos que conquistou. Se conseguir derrubar decisão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), como ele já dá como certo, provocará dança das cadeiras em duas casas legislativas.
Com informações do Campograndenews