Publicado em 25/03/2013 às 12:11, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Nomeado o novo ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, definida a manutenção do PSB no governo e confirmado o espaço do PR, a presidente Dilma Rousseff encerrará - salvo algum contratempo - a temporada atual de mudanças na Esplanada dos Ministérios. A situação, no entanto, deve durar, no máximo, 12 meses. A próxima reforma ministerial será feita até, no máximo, abril de 2014.
Pelo menos 19 dos atuais 37 ministros estão dispostos a disputar as eleições para alçar novos voos ou renovar mandatos parlamentares. A lei eleitoral obriga que os políticos deixem os cargos públicos seis meses antes do pleito, marcado para 5 de outubro do ano que vem.
É cedo, mas, inevitavelmente, nos próximos meses, as agendas se dividirão entre temas do governo e a corrida eleitoral, embora a exigência de Dilma seja por uma dedicação exclusiva.
A reforma terá casos curiosos, como o do recém-empossado ministro da Agricultura, Antônio Andrade, que desfrutará da experiência do governo apenas até o prazo limite. Depois, tentará um novo mandato de deputado federal.
Era Lula
O ex-presidente Lula conseguiu segurar a maioria dos ministros no cargo nas eleições de 2006. Apenas Marta Suplicy, hoje na Cultura e então ministra do Turismo, e Luiz Marinho, então ministro do Trabalho, saíram.
No fim do segundo mandato, em 2011, porém, a situação foi diferente. Nada menos do que 22 dos 37 ministros deixaram os cargos para passar pelo teste das urnas.
Ainda é uma incógnita o perfil que Dilma dará ao ministério nos oito meses finais do atual mandato. Contrária aos rearranjos políticos, ela poderá tentar convencer os atuais auxiliares a se manterem nos cargos ou seguir o exemplo de Lula, que prestigiou os chamados ministros-tampão, promovendo a maioria dos secretários-executivos.
Caso opte pela segunda opção, de quebra, veria se consolidar o desejo antigo de administrar um ministério técnico.