Publicado em 08/11/2012 às 19:40, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Dourados precisa de R$ 30 milhões para fechar as contas do ano com folga, diz Murilo Zauith

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, Capital News

Após a paralisação dos municípios de Mato Grosso do Sul como forma de protesto a medidas adotadas pelo governo federal, o prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB), declarou, na solenidade de formatura do“Curso de Formação para Perito Médico-Legista” da Polícia Civil, na manhã desta quinta-feiraa (08) que a cidade precisa de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões para fechar as contas do ano com folga.

A informação veio por meio de uma comparação com a capital do Estado.“Para se ter uma ideia, Dourados tem uma receita própria de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões por mês. Campo Grande fecha o mês com cerca de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões, ou seja, teríamos que aumentar a nossa arrecadação porque se a capital tem 800 mil habitantes e fecha com esse patamar, Dourados tendo 200 mil, deveria fechar com R$ 25 milhões a R$ 30 milhões”.

Murilo acredita que os municípios só conseguirão fechar as contas se tiverem receita própria. O prefeito Dourados disse que a cidade conseguirá passar por esse processo, por mais que o orçamento fique“apertado”. “Estamos caminhando para constituir uma receita própria com arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)”, disse.

Ele afirmou ainda que irá reajustar o IPTU de acordo com inflação, "mesmo porque folha salarial tem este rejuste mínimo seguindo a inflação". Zuith disse que as cidades menores deverão conversar com o governador para que o Estado assuma a contrapartida de algumas prefeituras para que as mesmas consigam finalizar obras em parceria com a União."A cidade que não tem renda própria não vai conseguir tocar obra sem a ajuda do governo do Estado", finalizou. Paralisação

As prefeituras do Estado paralisaram as atividades administrativas nesta quarta-feira (07) como forma de protesto as sanções do governo federal que subtraiu os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A prorrogação do incentivo ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de carros zero quilômetro, eletrodomésticos e móveis, foi uma das medidas adotadas pelo governo federal. O FPM é repassado a cada dez dias do mês é constituído de 22,5% de tudo que o Brasil arrecada com o IPI e com o Imposto de Renda (IR).

Segundo o informado pelo presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Jocelito Krug, as cidades do Estado já tinham um prejuízo de R$ 397,1 milhão antes do período eleitoral. (Matéria editada às 10h59 para acréscimo de informações).