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07/09/2023 às 10:00, Atualizado em 06/09/2023 às 20:39

Dourados e mais 33 cidades podem ficar sem cirurgias na próxima semana

Deputada Lia Nogueira diz que encaminhará requerimentos ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), cobrando informações sobre as contas da Fundação de Saúde douradense

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Foto - reprodução Campograndenews

A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) afirma que Dourados pode deixar de realizar cirurgias ortopédicas a partir de segunda-feira (11), caso pagamentos a empresa terceirizada de esterilização deixem de ser feitos. São cerca de 300 procedimentos feitos por mês, já que incluem 33 municípios nas proximidades.

Ofício protocolado pela empresa comunicou que, se pagamento de R$ 320 mil não for feito, o fornecimento será suspenso em 11 de setembro. O procedimento é necessário já que a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Dourados não tem condições de receber caixas ortopédicas de implantes, por falta de espaço, para que sejam esterilizadas.

Ela e o deputado Zé Teixeira (PSDB) criticaram a saúde do município e pretendem investigar a situação do sistema público. "Em Dourados, começa a existir uma caixa-preta e se essa caixa-preta existe, ela precisa ser aberta. Esse tema foi tratado ontem pelo nobre deputado Zé Teixeira, que assim como eu, compõe a bancada de Dourados”.

Nogueira diz que encaminhará requerimentos ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), cobrando informações sobre as contas da Fundação de Saúde douradense, o que inclui relatórios de contas dos últimos três anos.

Ela acusa o prefeito Alan Guedes (PSD) de apresentar dados da gestão anterior, de Délia Razuk, ao invés dos números da própria administração, e que o Governo Estadual já providenciou suporte financeiro para a saúde. Além disso, fala também em “intervenção” do Estado para resolver o problema.

Outro lado

Procurada, a assessoria de Guedes informou à reportagem que o pedido de intervenção é uma tentativa de trazer sensacionalismo à pauta, sem considerar evidências. “A deputada demonstra com isso que não conhece a legislação e mais, usa fragilidades do sistema de saúde para fazer política eleitoral o tempo todo".

"Se a deputada realmente quisesse ajudar ou colaborar para melhorar o atendimento prestado à população, ela estaria intermediando ou liderando um movimento para incrementar o financiamento da saúde no município, já que Dourados, hoje, banca sozinho boa parte dos atendimentos prestados aos municípios vizinhos que compõem a macro região”, diz a nota.

Fonte - Campograndenews

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