O voo dos tucanos para a coligação do PP na disputa pelo segundo turno em Campo Grande rendeu uma sessão acalorada hoje na Assembleia Legislativa, com direito a bate-boca e troca de acusações.
O deputado Márcio Monteiro (PSDB) foi à tribuna para reclamar que Marquinhos Trad (PMDB) insinuou que o partido foi oportunista ao trocar uma aliança de décadas com os peemedebistas, que chegou ao segundo turno com Edson Giroto, para apoiar a candidatura de Alcides Bernal (PP). Monteiro afirmou que o PSDB sempre foi segunda opção, mas quando lançou candidato próprio, no caso Reinaldo Azambuja, o PMDB enfrentou dificuldades.
Marquinhos foi para o ataque. Segundo ele, durante a campanha eleitoral, o partido criticou até áreas que administrava, como educação e esporte. O PSDB está nas quatro últimas administrações e agora apoia o Bernal. O partido representa a continuidade, salienta.
O peemedebista também cobrou as indicações que levaram Marisa Serrano e Waldir Neves, políticos tucanos, ao TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado). Marquinhos ainda questionou a aliança entre PSDB e PT, oposição em âmbito nacional. Os petistas declararam apoio a Bernal no segundo turno.
Trad definiu a política como um terreno satânico. Ele também afirmou que o apoio a Giroto é decorrente de uma questão familiar. Marquinhos é irmão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), que coordena a campanha de Giroto.
Mágoas O bate-boca pelo segundo turno fez ressurgir as críticas de diversos deputados a Marquinhos Trad, tema que dominou as sessões na semana passada. Vencedor da eleição em Corumbá, o deputado petista Paulo Duarte voltou a reclamar que Marquinhos fez uma denúncia fraudulenta durante a disputa eleitoral.
J
á Onevan de Matos (PSDB), que disputou a prefeitura de Naviraí, disse que foi chamado de velho malandro pelo parlamentar. Trad, na semana passada, já havia se desculpado com o colega.
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