Diretores presos na Operação Xadrez são substituídos pela Agepen

Os diretores de presídio Ricardo Wagner Lima e Doglas Novaes Vila, presos durante a Operação Xadrez, foram substituídos das unidades que comandam em Corumbá, conforme o diário oficial desta sexta-feira (27). A dupla diretora das unidades, do regime fechado e semiaberto, é investigada pelo Gaeco por tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e ainda falsidade documental.

Lotado na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso do Sul) como Agente Penitenciário da área de Segurança e Custódia e Diretor do Estabelecimento Penal de Corumbá, Ricardo Lima será substituído por Mauro Augusto Ferrari de Araújo, com validade a contar de 30 de janeiro de 2017.

Agente Penitenciário Estadual da área de Administração e Finanças e Diretor do Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto, Aberto e Assistência e ao Albergado de Corumbá, Doglas Vila foi afastado e assume interinamente o servidor Domingos Sávio de Arruda.

No diário de hoje, também foram designados Adenor Alves De Mendonça para Diretor do Semiaberto de Paranaíba, em decorrência da dispensa a pedido do servidor Luiz Alberto da Silva Dourados; e Simone de Carvalho Costa para o Semiaberto de Bataguassu, em troca de João Carlos Marcondes, durante suas férias regulamentares.

Operação Xadrez

Ricardo e Doglas foram presos na segunda-feira (23). Segundo a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), os gestores teriam ligações com presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) e facilitavam a entrada de drogas dentro de dois presídios de Corumbá. Em uma das cantinas, os agentes descobriram a comercialização de drogas.

Entre os alvos, há um médico que foi detido para ser ouvido e depois liberado. Há indícios de que ele passava atestados falsos para os presos do regime semiaberto, que os ajudavam a ser liberados para dormir fora da cadeia.

Os crimes investigados são: tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e falsidade documental no âmbito das unidades prisionais dos regimes fechado e semiaberto da cidade. Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Corumbá.

Além dos diretores e presos que cumpriam pena no regime semiaberto e fechado de Corumbá, também receberam mandados de prisão temporária comerciantes da cidade que possuem vínculo de parentesco com os condenados e que fazem parte da associação criminosa. No total, foram cumpridos mandados em 12 pontos distintos do município.

O nome Operação Xadrez faz referência aos presídios onde foram cumpridas buscas e prisões.