Quatro dias depois de ter sido alvo de uma operação do Grupo Especial de Atuação ao Crime Organizado (Gaeco), o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen), Ailton Stropa Garcia, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (31), em Mato Grosso do Sul. A decisão foi comunicada pela assessoria de imprensa da agência.
De acordo com a assessoria, Stropa formalizou a decisão na tarde desta terça-feira (31), mas já havia tratado do assunto, durante o período matutino, com o governador Reinaldo Azambuja e com os secretários de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, e de Governo, Eduardo Riedel.
A decisão de Stropa é “em caráter irrevogável e irretratável”. Ainda de acordo com a assessoria, o pedido tem por objetivo permitir que o governo estadual, Ministério Público e Poder Judiciário apurem, com total isenção e sem qualquer influência de sua parte, sua conduta à frente da autarquia.
Stropa ocupava o cargo desde 13 de abril de 2015. Ele permanece negando qualquer irregularidade em frente ao órgão. Em carta, disse “ter a mais absoluta convicção de que todos os seus atos foram revestidos da mais perfeita legalidade e a certeza de que prestou um bom trabalho à frente da instituição”.
Na última sexta-feira (27), horas após a operação do Gaeco, a vice-governadora Rose Modesto, que estava como governadora em exercício, admitiu a possibilidade de exonerar diretor-presidente da Agepen. "Não vamos conviver com qualquer tipo de corrupção", afirmou.
Operação Girve
Stropa é um dos investigados na operação Girve. A investigação refere-se à apuração de ilegalidades cometidas durante a realização do Curso de Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul, que dá nome à operação.
O Gaeco cumpriu sete mandados de busca e apreensão, na sexta-feira (27), na investigação que apura a prática dos crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo diretores da Agepen, inclusive na sede da agência, em Campo Grande, e nas casas dos diretores em Aquidauana, Dourados e Campo Grande.
Fonte - G1 MS
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