A presidente Dilma Rousseff irritou-se neste sábdo com a falta de organização da cúpula da União Africana, em Adis Abeba (Etiópia). Convidada de honra do evento, ela foi chamada ao palco 1h30 após o horário inicialmente previsto, quando o plenário estava praticamente esvaziado.
Pior: assim que foi finalmente anunciada pelo orador, houve um apagão de cerca de três minutos. Várias pessoas que ainda aguardavam pelo discurso deixaram o centro de convenções onde o evento ocorria.
Quando a luz foi parcialmente restabelecida, apenas cerca de cem pessoas, a maioria jornalistas, esperavam pelo discurso.
Diante de tal cenário, Dilma desabafou, no fundo do palco, em frase capturada por uma câmera de TV: "Eu não vou lá!".
Mas acabou mudando de ideia quando foi novamente chamada e leu um discurso durante dez minutos. Falou em português, sem tradução simultânea, o que aumentou o desinteresse da plateia. Ao lado do repórter da Folha de S.Paulo, uma mulher jogava "paciência" no computador enquanto a presidente discursava.
"O Brasil vê o continente africano como irmão. Temos muito orgulho de nossas raízes africanas", disse. Findo o discurso, partiu imediatamente para o aeroporto para voltar ao Brasil.
A promessa inicial era de que seria um discurso importante da presidente, convidada de honra para o evento de comemoração de 50 anos da União Africana.
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