Na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) desta terça-feira (28), o deputado Pedro Kemp (PT) levou à tribuna sua preocupação com a pressão do governo em desmatar a vegetação do Parque dos Poderes, para construção de estacionamentos. Outros parlamentares também defenderam a preservação do Complexo dos Poderes.
Kemp salientou a importância do cumprimento da Lei Estadual 5.237 de 2017, que criou o Complexo dos Poderes, com o Programa de Preservação, Proteção e Recuperação Ambiental, estabelecendo normas gerais sobre a fauna, flora e belezas naturais do Parque dos Poderes, Parque do Prosa e do Parque das Nações Indígenas, assim como determinando exigências às edificações.
“Constantemente acontece uma contenda entre o desmatamento e a preservação da reserva onde está a sede dos Poderes e seus órgãos. Nós temos que zelar por este patrimônio dos sul-mato-grossenses e cuidar das licença ambientais, que permitem o desmatamento. Recentemente, houve um acordo para desmatar e não foi homologado. Uma das partes interessadas buscou a justiça para impedir. A Procuradoria-Geral do Estado recorreu e conseguiu uma decisão favorável. A sociedade civil recorreu e o juiz manteve a proibição da supressão da vegetação”, ressaltou Kemp.
O parlamentar destacou a iniciativa da ALEMS na construção do estacionamento vertical e sugeriu que os Poderes sigam o exemplo. “A Assembleia está construindo o estacionamento sem derrubar nenhuma árvore. Essa iniciativa deve ser copiada, uma vez que a pauta ambiental é prioritária do mundo. Estamos vendo a tragédia no Rio Grande do Sul, fruto do impacto da ação humana no meio ambiente. A natureza está respondendo de forma violenta em várias regiões do planeta. Devemos começar olhando o nosso quintal, exigindo que se cumpram as leis de proteção ambiental”, destacou Kemp.
Pedrossian Neto (PSD) lembrou a frase do seu avó, ex-governador Pedro Pedrossian, criador do Parque dos Poderes. “Na década de 80, ele disse que faria uma obra que, quanto mais antiga fosse, mais moderna vai ser. Temos um pulmão verde funcionando em Campo Grande, portanto, os projetos devem ser pensados a longo prazo, com criatividade e engenharia, sem destruir a natureza”.
Para o presidente Gerson Claro (PP), as políticas de mobilidade urbana devem integrar a proteção do meio ambiente e estratégias que englobem diferentes formas de transporte. Ele deu como exemplo a construção de estacionamentos verticais, subterrâneos e longe da cidade. “É um assunto que custa caro ao meio ambiente e as respostas da natureza estão diante dos nossos olhos”, disse.
Fonte - Reprodução site da ALMS
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