A bancada federal de Mato Grosso do Sul ficará dividida entre oposição e base do governo em 2023. Isso porque, dos oito deputados federais eleitos, três são bolsonaristas e dois são petistas.
A forte marcação ideológica, seja a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL), será protagonizada quando os trabalhos tiverem início após a posse em 1° de janeiro de 2023, e início dos trabalhos em fevereiro.
Os que se dizem bolsonaristas e conservadores ferrenhos são: Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL.
Nogueira, inclusive, tem nome de guerra político de ''Gordinho do Bolsonaro''. Ele foi presidente do antigo PSL e hoje comanda o PL no MS, mesmo partido de Bolsonaro.
O médico cardiologista Luiz Ovando passou os últimos quatro anos sendo defensor das pautas do presidente. Com poucas discordâncias, ele votou a favor dos projetos que interessavam ao governo e defendeu Jair Bolsonaro nas diversas polêmicas criadas por ele, inclusive na pandemia da covid-19.
O advogado Marcos Pollon é o mais convicto em termos de apoio ao presidente. Ele é uma das lideranças no País, da defesa do acesso ao armamento à população civil. Pollon, entre outras atividades, teve atuação intensa nos chamados movimentos patrióticos, que ajudaram a derrubar Dilma Rousseff e eleger Jair Bolsonaro.
Petistas
Os deputados eleitos Vander Loubet, e Camila Jara, do PT defendem pautas da esquerda com intuitos sociais, de transferência de renda e contra tudo o que os bolsonaristas pregam como, por exemplo, flexibilização de acesso às armas.
Loubet foi a voz anti-bolsonaro na Câmara, nos últimos quatro anos. O petista diz, entre outras coisas, que Bolsonaro entregou casas populares frutos da gestão do PT e Michel Temer e ajustou a devastar a Amazônia. Também defendeu o impeachment de Bolsonaro em vários momentos.
Camila Jara vem da militância feminista e direitos humanos em Campo Grande. Ela também foi voz forte do PT na Câmara Municipal contra a gestão Bolsonaro. Ela o classifica como homofóbico, machista e responsável por mortes na pandemia da covid-19.
Independentes
No grupo dos deputados intitulados como ''independentes'', estão Beto Pereira e Geraldo Resende, e Dagoberto Nogueira, do PSDB.
Dagoberto foi atuante em pautas críticas ao presidente Bolsonaro, mas votou em algumas pautas que interessavam ao governo, que ele entendia ser de interesse da população.
Resende assumiu mandato na Câmara, como suplente, em 2019, mas se licenciou para assumir a Secretaria Estadual de Saúde do MS, em 2020. Na questão da Saúde, fez críticas severas a Bolsonaro, já que ele defendia medidas de isolamento social e vacina, ao contrário do presidente.
Beto Pereira seguiu a linha mais independente e discreta do ponto de vista ideológico. Ele diz ter votado naquilo que entendia ser mais benéfico à sociedade.
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