Representantes de hospitais, clínicas e laboratórios de Campo Grande estiveram reunidos ontem (19) com membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa para tratar da coleta de lixo hospitalar, que será suspensa pela prefeitura a partir da próxima quarta-feira (21).
Eles foram recebidos pelos deputados Lauro Davi (PSB) e Mara Caseiro (PTdoB), respectivamente presidente e vice da comissão. Na prática, os proprietários das unidades de saúde não aceitam arcar com esse prejuízo imposto de maneira intempestiva, sem negociação e sem preparação orçamentária.
Para os representantes dos hospitais e clínicas, é preciso buscar uma saída para esse problema, pois de acordo com o comunicado enviado pela prefeitura de Campo Grande, a coleta de lixo hospitalar será suspensa no dia 21, ou seja, daqui a apenas dois dias.
Eles alegam que já separam, embalam, etiquetam o lixo, além de terem construído locais específicos para o correto armazenamento do material enquanto não é coletado. Na opinião dos administradores hospitalares, a coleta de lixo é de competência do município, Estado e União, ou seja, é uma questão de saneamento básico.
Não fomos consultados, nos deram apenas cinco dias para nos adequarmos. Estamos sendo penalizados com essa despesa sem estarmos preparados para ela. Ninguém nos ouviu, ninguém nos consultou, protestou Mafuci Kadri, presidente do Grupo El Kadri, anunciando que o grupo deve tomar medidas jurídicas para impedir a ação da prefeitura.
Nesta terça-feira (20), representante dos hospitais e clínicas deve ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa para falar sobre o problema. Eles devem ainda entrar com um mandado de segurança na tentativa de reverter a medida tomada pela prefeitura.
Para a deputada Mara Caseiro, mudanças no sistema de coleta do lixo hospitalar podem prejudicar toda a população de Campo Grande. Isso aconteceria devido a uma possível falha na destinação, o que poderia ocasionar infecções e outras doenças.
Foi tudo muito rápido, é preciso que haja mais debate em torno do assunto, mais tempo para que os hospitais e clínicas se adequem, ou pelo menos que esse ônus seja dividido, disse.
Segundo informações do representante da Maternidade Cândido Mariano, Ivandro Fonseca, o custo anual da coleta de lixo hospitalar particular ficaria em torno de R$ 300 a R$ 400 mil reais, recursos que segundo ele não estão disponíveis no momento.
Mara Caseiro e Lauro Davi receberam um documento com as solicitações dos proprietários de clínicas, hospitais e laboratórios e sugeriu que uma reunião com o prefeito atual e o eleito de Campo Grande seja agendada para tratar especificamente desse assunto.
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