Os oito deputados federais que compõem a bancada de Mato Grosso do Sul fecharam apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados, na eleição que está marcada para o dia 1º de fevereiro de 2025.
A adesão, que segue a orientação partidária das maiores bancadas da Casa, reforça o favoritismo do parlamentar, que já conta com o apoio de 17 partidos, somando 488 deputados – número expressivamente superior aos 257 votos necessários para vencer.
A bancada sul-mato-grossense inclui representantes de diferentes partidos: Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Beto Pereira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Vander Loubet (PT). Apesar do voto ser secreto, os parlamentares reafirmaram publicamente o compromisso com a orientação partidária e o acordo nacional que sustenta a candidatura de Motta.
O PSDB, partido com quatro representantes da bancada de MS, já havia oficializado apoio ao parlamentar do Republicanos. Beto Pereira confirmou que todos os integrantes estaduais seguirão a decisão nacional.
“O movimento da eleição da câmara não é de bancada estadual e sim partidária. O PSDB nacional já se posicionou em apoio ao Hugo Motta e todos do partido no Estado vão caminhar com Hugo Motta”, destacou Beto Pereira (PSDB).
Dagoberto Nogueira reforçou o consenso dos sul-mato-grossenses em torno da candidatura. “A eleição está definida, vai ser candidatura única. Fechamos um acordo e, quando se fecha um acordo, a gente cumpre”, pontuou o tucano.
Enfatizando a necessidade de uma liderança que promova a política como eixo central das decisões da Câmara e afaste tendências extremistas, a deputada Camila Jara (PT) confirmou que seguirá a orientação partidária em torno do deputado do Republicanos.
"Vou seguir a orientação partidária, entendendo que o mandato do Hugo Motta será um mandato que tenta fazer com que a política volte a orientar as decisões da Câmara Federal e evite que o extremismo domine as pautas internas. A decisão sobre o cargo que o PT ocupará cabe à Construindo um Novo Brasil e vai ser decidido nos próximos dias", disse.
Hugo Motta construiu sua base ao longo dos últimos meses, garantindo o apoio das principais bancadas, como Federação PT/PCdoB/PV, PL, PP, Republicanos, Podemos, PDT, PSDB e MDB. A entrada recente do União Brasil, com 59 deputados, consolidou ainda mais sua força ao retirar a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA) e declarar apoio ao paraibano.
Em outubro, Motta esteve em Campo Grande para um jantar com lideranças de Mato Grosso do Sul, incluindo os oito deputados federais, os três senadores, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja. O evento foi parte das articulações para consolidar seu nome e debater propostas para a próxima legislatura.
Embora a votação seja formalmente individual e secreta, a declaração de apoio formal das bancadas e o consenso nos partidos aliados tornam a eleição de Hugo Motta praticamente definida. Além de comandar a Câmara, o novo presidente terá influência na formação da Mesa Diretora, na presidência de comissões e na relatoria do orçamento, posições cruciais para o próximo biênio.
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