Publicado em 18/10/2024 às 08:30, Atualizado em 17/10/2024 às 18:33
Proposta foi defendida por parlamentares na sessão da Casa de Leis de MS na quarta-feira
Caso venha conseguir aprovar, primeiro internamente e depois mobilizando pelo menos metade das outras Casas Legislativas dos estados, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul espera aprovar projeto para que ocorra a unificação das eleições. O deputado Junior Mochi (MDB) explicou na sessão de ontem (16), que é possível a tramitação de um projeto de eleição unificada, desde que a metade das assembleias do País aprove a mudança, com manifestação da maioria dos membros de cada Casa de Leis.
Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul podem apresentar projeto para tentar estabelecer eleição única para escolha de vereador, deputado, senador, prefeito, governador e presidente em todo o Brasil. A proposta ainda não foi apresentada oficialmente, sendo que inicialmente o parlamentar está consultando seus colegas de parlamento até para estabelecer uma estratégia junto às demais Assembleias Legislativas do País.
Junior Mochi (MDB), que criticou as dificuldades impostas pela eleição, pontuando que não se pode transferir recursos para municípios e muitas obras ficam paralisadas. Na avaliação de Mochi, se perguntar para dez eleitores, dez vão dizer a mesma coisa, que não aguentam mais processo eleitoral de dois em dois anos. O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), também defendeu a eleição unificada, sugerindo que os deputados apenas definam se a eleição será de cinco em cinco ou de seis em seis anos. Além disso, sugeriu que seja aprovado o fim da reeleição. O deputado Lídio Lopes (sem partido) também se manifestou favorável à PEC, alegando que a população não aguenta mais emendar uma campanha na outra. Ele citou como exemplo o fato de 26% do eleitor não ter comparecido às urnas na eleição deste ano.
Contra
O deputado Zeca do PT se posicionou contra a manifestação dos colegas, e disse que não assinará a PEC porque a eleição de dois em dois anos ajuda na redistribuição de renda, afirmando que a direita compra voto. “Deixa distribuir renda para o povo mais pobre. Andei o Estado inteiro nesta eleição, dizendo que se vereador oferecer dinheiro, para não aceitarem R$ 50, mas pedir R$ 200 e votar em outro”, declarou, destacando que a eleição é salutar por mais esdrúxula que pareça. Depois, o deputado voltou a se posicionar, informando ter dúvidas de que a eleição unificada resolverá problemas no processo eleitoral.
A deputada Gleice Jane (PT) também se posicionou contra o projeto, salientando que o povo mais pobre só tem políticas públicas em período eleitoral, quando também acontecem as políticas de valorização da educação.