Publicado em 11/10/2024 às 15:00, Atualizado em 11/10/2024 às 10:41
"Não sei o que vai ser da comunidade indígena com o que está sendo colocado na lei” concluiu o deputado Zé Teixeira.
O deputado Zé Teixeira, 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), falou sobre as recentes denúncias de trabalho escravo no Estado. “Em lugares como o Pantanal, foi falado aqui sobre trabalho escravo na semana passada. Eu conheço o local e sei como é a situação, sem luz elétrica, barracos na beira de rio. E em Dourados é muito difícil lidar com a lei trabalhista, e os índios precisam trabalhar para comer, tem despesas e muitas vezes a cesta básica que recebem é consumida em apenas dez dias”, explicou.
O deputado contou situação que aconteceu recentemente. “Em Dourados, as pessoas montam as empresas e contratam trabalhadores para fazer empreita e há poucos dias aconteceu algo inédito lá, a pessoa contratou os indígenas, registrou os funcionários com carteira assinada. E quando foi em fevereiro terminou o plantio de cana, o empreiteiro não deu baixa na carteira, gerando uma ação movida por um advogado no valor de R$ 1,3 milhão para indenizar sete índios de duas propriedades rurais”, continuou Zé Teixeira.
“Lá em Dourados, todos têm o cuidado de registrar as pessoas que trabalham temporariamente, ou por um período maior. E onde tem mais serviço é nas usinas ou nos fornecedores de cana. Muito complicado o que vivemos, isso não acontecia antes. Já teve empresa com 400 índios registrados trabalhando. Não sei o que vai ser da comunidade indígena com o que está sendo colocado na lei” concluiu o deputado Zé Teixeira.