A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) se posicionou nesta quarta-feira (3) contra o financiamento público exclusivo de campanha, um dos pontos polêmicos da Reforma Política que tramita no Congresso Nacional.
Para ela, o sistema funcionaria se não houvesse corrupção e o chamado jeitinho brasileiro no País, o que não é o caso.
Se estivéssemos em um País sério, e a campanha fosse igualitária, seria muito bom. Financiamento público exclusivo de campanha, dentro desse sistema corrompido, aconteceria da seguinte maneira: um financiamento legalizado e o outro ilegal. Essa igualdade ficaria apenas no papel, criticou.
Na opinião de Mara Caseiro, a solução é a mudança de consciência do eleitor e da própria classe política. O primeiro passo é a aprovação urgente da Reforma Política, disse.
Outros parlamentares se revezaram nos microfones da Assembleia Legislativa para debater a questão. O petista Pedro Kemp defendeu o financiamento, alegando que a população está cada vez mais consciente e a fiscalização da Justiça Eleitoral tem funcionado. Um exemplo disso foi a cassação de oito prefeitos de Mato Grosso do Sul, acusados, entre outras irregularidades, de compra de votos.
Já o deputado Zé Teixeira (DEM) concorda com Mara Caseiro. Ele afirma que, se o dinheiro a ser injetado na campanha eleitoral for lícito, não há problemas.
Se o candidato quiser vender seus bens para financiar sua própria campanha, não vejo empecilhos, comentou.
O financiamento público de campanha prevê a criação de um fundo de recursos públicos destinado a partidos políticos, de acordo com sua representação no Congresso Nacional. O recurso seria o único permitido para as campanhas eleitorais.
Defensores do financiamento exclusivamente público afirmam que as doações de campanha são fontes de corrupção. Já os críticos da proposta dizem que, com o financiamento público, o poder dos grandes partidos provavelmente se fortalecerá.
Alguns também entendem que não é democrático impedir que particulares possam colaborar com instituições que realmente acreditam, se estiverem bem-intencionados. Outros afirmam que o financiamento público não acaba com a corrupção.
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