Publicado em 21/04/2012 às 09:24, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Nova Notícias - Todo mundo lê
A deputada Dione Hashioka, Integrante da Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia Legislativa visitou na ultima quarta-feira, 18 de abril, o Hospital Universitário (HU) e o Hospital Regional Rosa Maria Pedrossian (HR) em campo grande após denúncias recebidas pela corregedoria da Casa de ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estariam sendo retidas pelos hospitais por falta de leitos.
No Hospital Universitário a comissão composta também pelos deputados Lauro Davi, Cabo Almi e Mara Casero foram recebidos pela diretoria composta pelo Médico José Carlos Dorsa Pontes, Diretor Geral; Rilton Vaz, Diretor Administrativo, e Ionas dos Anjos, Diretor de Enfermagem. Segundo Dorsa Pontes, as ambulâncias ficam paradas porque ao chegarem no HU, frequentemente as macas do Samu acabam retidas com as vítimas nas dependências da emergência da unidade devido a superlotação.
O tempo de retenção pode chegar a 8 horas e neste período a ambulância fica esperando na porta do hospital. A estrutura do Hospital construído na década de 60 e apesar das reformas e ampliações ainda resulta em falta de leitos até mesmo de UTI que ainda é o mesmo de 30 anos atrás.
O Diretor Geral disse que o parque de máquinas e equipamentos hoje, é um dos mais modernos do País. Segundo a deputada Dione Hashioka, a alegação de todos os diretores é de que o grande problema de todos os hospitais é o número de funcionários e a falta de capacitação. O Diretor do HU afirmou que a retenção de ambulâncias é uma prática antiga e não está pior do que antes.
A partir de 2008, o cenário sofreu alterações e muitas coisas mudaram para melhor, mas ainda vivemos marcas dos problemas sentidos na época, afirmou Dorça Pontes defendendo que uma das soluções seria a instituição da contra regulação que é o retorno dos pacientes já atendidos e fora de perigo para os hospitais de menor complexidade além do funcionamento dos centros de retaguarda como a estruturação das Unidades de Pronto Atendimento e o hospital São Julião que atenderiam os pacientes sem gravidade ou que não necessitem de um atendimento em hospital com grande estrutura de atendimento médico.
No Hospital Regional os deputados foram recebidos pelo Diretor Administrativo Mauro Marcusso que afirmou que as ambulâncias também ficam retidas, mas por um período que não chega a uma hora.
A deputada Dione Hashioka concluiu que a questão da retenção das ambulâncias é apenas uma consequência do grave problema estrutural dos hospitais públicos do País e mesmo assim, Mato Grosso do Sul tem uma estrutura superior a muitos hospitais públicos do País mas ainda falta capacitar os atendentes e ampliar a estrutura física. José Carlos Dorsa Pontes deverá comparecer na Assembleia Legislativa e do Plenário fará um levantamento dos problemas do HU durante a Sessão de terça-feira. O mesmo convite foi feito à diretoria do Hospital Regional. Não adianta aumentar o número de macas para as ambulâncias do Samu se não tem onde colocar os pacientes que em alguns casos precisam usar equipamentos da própria viatura para esperar o atendimento, disse Dione Hashioka.