Publicado em 03/11/2016 às 14:00, Atualizado em 03/11/2016 às 10:57
A indicação de testemunhas, segundo a Agência Brasil, foi feita em um documento de defesa prévia do ex-parlamentar.
O ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido/MS) foi citado pela defesa do também cassado, ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato em outubro passado. Além do sul-mato-grossense, Cunha incluiu em seu rol de testemunhas de defesa o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-presidente Lula.
A indicação de testemunhas, segundo a Agência Brasil, foi feita em um documento de defesa prévia do ex-parlamentar, que presidiu a Câmara dos Deputados pedindo a absolvição de Cunha e a rejeição das denúncias contra ele apresentadas. O documento foi protocolado ontem (1º) à noite na Justiça Federal, no Paraná.
A assessoria de Temer informou que não comentará o fato e conforme a Agência Brasil, também foram arroladas como testemunhas o ex-ministro Henrique Alves, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, dentre outros nomes.
Cunha está preso na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, "há evidências" de que existem contas pertencentes a Cunha no exterior que ainda não foram identificadas, fato que, segundo os procuradores, coloca em risco as investigações. Além disso, os procuradores ressaltaram que Cunha tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana) e poderia fugir do país.
A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça.
O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.
O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas, após a cassação do mandato de Cunha, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque o ex-parlamentar perdeu o foro privilegiado. (Com Agência Brasil).