Publicado em 10/08/2020 às 16:30, Atualizado em 10/08/2020 às 16:06

Convidado por Bolsonaro, Temer terá de pedir aval da Justiça para ir ao Líbano na esteira de mega-explosão

País se encontra em crise após desastre no porto de Beirute

Redação,

Convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para chefiar a missão brasileira de ajuda ao Líbano – na esteira da mega-explosão que destruiu a região portuária de Beirute -, o ex-presidente Michel Temer terá de pedir autorização da Justiça para deixar o País. Isso porque, após deixar a presidência da República, no início de 2019, Temer teve a prisão decretada duas vezes e virou alvo de vários processos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa há 40 anos, de acordo com delação da Lava Jato.

O plano é enviar um avião KC-390 com medicamentos, mantimentos e outras doações para ajudar o país médio-oriental que está mergulhado em caos após a explosão que matou mais de uma centena de pessoas na região do porto. Ontem, a polícia de Beirute usou gás lacrimogênio para dispersar manifestantes que bloquearam uma via próxima ao Parlamento, no segundo dia de manifestações contra o governo.

Mais cedo, renunciaram o ministro das Finanças, Ghazi Wazni; a ministra da Justiça, Marie Claude Najm; o ministro da Informação, Manal Abdel Samad; e o ministro do Meio Ambiente, Damianos Kattar.

A ajuda humanitária que o Ministério da Saúde brasileiro enviará ao Líbano nesta semana incluirá 300 ventiladores pulmonares mecânicos e 100 mil máscaras cirúrgicas, de acordo com informações da rede de notícias CNN. O plano é enviar um avião KC-390 com medicamentos, mantimentos e outras doações para ajudar a nação árabe.

Ajuda Internacional

Líderes internacionais se uniram em uma conferência conduzida pela França e a Organização das Nações Unidas na esteira da explosão devastadora que castigou os libaneses. Eles ofereceram cerca de US$ 300 milhões em assistência humanitária.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump também anunciou que vai oferecer “ajuda substancial” ao Líbano, mas não especificou o montante. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI), com sede em Washington, disse que está disposto a redobrar esforços para ajudar o Líbano, mergulhado em uma crise financeira. Como de costume, o fundo disse que as instituições do país precisam mostrar disposição em conduzir reformas.