Três obras de infraestrutura em Mato Grosso do Sul estão previstas para receberem R$ 400 milhões a partir de emenda indicada para orçamento da União de 2017. Os empreendimentos listados são a ferrovia entre Cascavel (PR) e Maracaju, ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta (Paraguai) e anel rodoviário em Três Lagoas, na BR-262.
Os recursos devem ser alocados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), também encarregados de gerenciar os empreendimentos. As emendas são do senador Waldemir Moka (PMDB) e passaram pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Agora elas precisam receber o aval da Comissão de Orçamento do Congresso, que pode ou não diminuir os valores previstos anteriormente.
Para a ferrovia Ferroeste, entre Cascavel e Maracaju, o valor previsto é de R$ 300 milhões. A verba para a ponte internacional que vai ligar Porto Murtinho a Carmelo Peralta tem valor de R$ 50 milhões e está ligada ao projeto de construção da rota bioceânica. Para a construção do anel rodoviário na BR-262, em Três Lagoas, o valor previsto é de outros R$ 50 milhões.
"As três emendas são de grande importância para a área de infraestrutura de Mato Grosso do Sul e região Centro-Oeste, com alcance internacional, já que a ponte em Porto Murtinho faz parte do projeto sobre o Corredor Bioceânico, que ligará por meio de rodovias o oceano Atlântico ao Pacífico", disse o senador, via assessoria de imprensa.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO), relator na comissão de infraestrutura, destacou que as ações estruturantes têm interesse nacional. “Por essas razões, sou favorável às propostas”, afirmou o relator.
ROTA BIOCEÂNICA
Em 28 de julho deste ano, representantes de Chile, Paraguai, Argentina e Brasil discutiram a viabilidade da rodovia em evento realizado em Campo Grande.
Um dos principais entraves é justamente a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Há uma reserva indígena na região e a mudança do traçado aumentaria o projeto dos R$ 120 milhões atuais para R$ 1 bilhão. A obra teria 50% de investimento brasileiro e a outra metade de recursos paraguaios.
Fonte - Correio do Estado
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