Publicado em 14/02/2017 às 13:30, Atualizado em 14/02/2017 às 10:44

Comissão da reforma da Previdência recebe reivindicação de policiais

Presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), recebeu o pedido.

Redação,

Policiais de Mato Grosso do Sul entregaram uma reivindicação de tratamento diferenciado na reforma da Previdência, em análise no Congresso Nacional. O presidente da comissão especial que analisa a reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), recebeu o documento, nesta segunda-feira (13).

Os policiais alegam que atuam numa atividade de risco e querem uma aposentadoria com menos tempo de serviço.

“Os policiais do Brasil têm uma expectativa média de vida de 55 anos. Então, eles vão se aposentar já morto, né? Então, as lápides estão aí para mostrar que os policiais não podem trabalhar até os 65 anos”, afirmou o diretor-presidente do Sindicato da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Giancarlo Miranda.

A proposta foi apresentada pela União dos Policiais do Brasil ao presidente da comissão que analisa a reforma da Previdência Social, que está em andamento no Congresso. Policiais civis, federais, peritos criminais, policiais rodoviários e agentes penitenciários querem tratamento diferenciado.

“A atividade de risco, ela tem que ser reconhecida pela população, pelo governo, nessa discussão, nesse momento de uma tratativa de uma questão previdenciária”, afirmou o diretor-presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Luiz Santiago.

A proposta do governo é fazer com que homens e mulheres se aposentem com 65 anos e com um tempo mínimo de contribuição: 25 anos. O valor será integral só com 49 anos de contribuição ao INSS.

As mudanças não agradam os policiais. “Não é privilégio, não. É garantir, que com o novo arcabouço legal da reforma previdenciária, a polícia continue eficiente. Em prol de quem? De toda a sociedade”, disse o diretor-presidente do Sindicato dos Policiais Federais, Leonardo Corniglion da Silva.

Os trabalhos da comissão especial que analisa a reforma da Previdência devem durar dois meses. Segundo o deputado Carlos Marun, a intenção é votar a proposta na comissão em abril e encaminhar o texto, logo em seguida, para apreciação do plenário da Câmara Federal.

O projeto deve ser discutido e votado em dois turnos e esse trâmite deve levar de uma a duas semanas.

Marun espera apresentar o relatório depois que receber em média 40 sugestões. “Eu tenho a convicção de que com 40 contribuições externas, nós deputados e deputadas poderemos estabelecer a nossa convicção a respeito do tema”, disse.

Fonte - G 1 MS