Com o apoio da maioria dos partidos da base aliada ao governo, a votação da Lei Geral da Copa foi adiada novamente nesta quarta-feira.
O adiamento significa uma derrota política para o governo, que queria votar o projeto ainda nesta semana. Um dos principais fatores para o adiamento é a posição da bancada ruralista, que exige a votação do Código Florestal antes da Lei Geral da Copa.
Durante a votação pela retirada de pauta do projeto da Copa, apenas o PT, PSB, PP, PC do B e PSOL se manifestaram a favor do governo, pela votação ainda nesta quarta. Até o PMDB, principal aliado do Planalto, preferiu obstruir a votação.
Prevendo que sairia derrotado, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), por fim também liberou a base para votar como quisesse.
O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder peemedebista, explicou que sua posição foi para ajudar o governo, pois viu que se o texto fosse a voto hoje poderia ser derrotado."Meu receio era perder. Estou inseguro com relação a votação, queremos ganhar tempo para chegar a um acordo com relação ao Código Florestal", disse.
A derrota do governo acontece em meio à crise na base aliada. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff trocou seus líderes no Congresso. Esse foi o primeiro teste do novo líder da Câmara, Arlindo Chinaglia.
O recado ao governo já havia sido emitido mais cedo, durante votação de projeto sobre demarcação de terras indígenas na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Também impondo a sua força, a bancada ruralista aprovou a proposta contra vontade do governo.
No plenário, os ruralistas se uniram à bancada evangélica, que é contra a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, para derrotar o governo.
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