O presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), Ricardo Ayache (PSB), esteve nesta quinta-feira (3) na Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos aos deputados e evitar a abertura de uma CPI. Ele informou que a entidade tem déficit de R$ 60 milhões em suas contas.
Ayache apresentou os balanços dos últimos cinco anos e explicou que a Cassems obteve resultado financeiro negativo em razão da pandemia, que sobrecarregou o atendimento. “Nosso balanço é auditado e os números são transparentes e publicados em Diário Oficial. Temos um passivo de R$ 150 milhões, que corresponde a 15% do patrimônio total. Temos em caixa R$ 90 milhões, portanto, temos um desequilíbrio de R$ 60 milhões”, declarou.
Conforme o presidente da Cassems, a entidade investiu R$ 290 milhões para fazer frente à pandemia de Covid-19, o que contribuiu para a soma dos saldos credores de R$ 150 milhões.
“Temos resultados de trabalho, de investimentos e de estruturas. Enfrentamos os desafios da saúde de qualquer gestor, tanto público quanto privado. Temos hoje uma grande capacidade de avançar dentro do nosso sistema de saúde, buscando, claro, o equilíbrio financeiro”, continuou Ayache.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), disse que os deputados montaram uma comissão para intermediar as reivindicações dos servidores e a instituição.
“Formamos uma comissão, que estará discutindo a possibilidade de redução ou de contribuição, o que for melhor para atender essa necessidade temporária da instituição. Reconhecemos o papel da Cassems, que entrega um plano de saúde referência no Brasil. Não vamos utilizar esse debate como palanque político e lacração em rede social. Nosso papel é tratar deste assunto com responsabilidade e respeito. Tenho certeza que bons frutos surgirão nesta intermediação do Parlamento Estadual”, afirmou Gerson.
Claro acredita que os deputados não devem abrir a CPI da Cassems. “Acredito que não vai ter. Não tem elementos, fato concreto que possa justificar a abertura da CPI. A Alems cumpre seu papel fiscalizatório, mas não entra na onda da politicagem”, finalizou.
No dia 27 de julho, em assembleia geral, beneficiários da Cassems aprovaram, por maioria absoluta, ajustes no modelo de contribuição e no Estatuto da Caixa dos Servidores, entre eles o pagamento mensal fixo por beneficiário de R$ 45, limitada a R$180 por grupo familiar natural. O valor não abrange agregados, que deverão contribuir com o custo individual.
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