Depois de nota rebatendo falas de Pedro Caravina (PSDB), que em sessão de terça-feira (27) disse que o Governo do Estado não teria recursos para dar o reajuste aos policiais civis e peritos de MS, o ex-secretário de Governo foi chamado de ‘arregão’ por grupo que acompanhava sessão nesta quinta-feira (29).
Durante sessão, os deputados dispõem da tribuna para falar e após passar a vez de fala, deputado ouviu, em alto e bom som, o coro dos agentes públicos.
O presidente da Casa, Gerson Claro (PP), por sua vez, subiu a tribuna e defendeu o parlamentar, pedindo respeito dos presentes. “Injusta a manifestação e da forma que foi tratado o deputado Caravina pela fala que teve. É uma manifestação de corte de fala irresponsável”, disse.
A respeito do discurso do ex-secretário de governo de Riedel, feito na sessão de terça-feira, o presidente diz que o deputado também integrou grupo que avançou em diálogos de outros projetos para os servidores da segurança pública.
“[Caravina] inicia a fala dele falando que debateu e procurou avançar a paridade e integralidade da categoria, integralização de percentual, que melhora para os aposentados. Eu quero dizer que esse é o entendimento da Casa quando votamos a lei”, disse.
A deputada Gleice Jane (PT) disse que é o momento das categorias se unirem e buscarem diálogos para que todos os servidores sejam atendimentos de maneira igual. “A reivindicação que trouxeram aqui não é diferente de outras categorias, que é da forma que o Governo trata de maneira diferente os que ganham mais e os que ganham menos. Porque tanta desigualdade para servidores e servidores que desempenham o serviço público. Está na hora das categorias dialogarem”, afirmou.
Manifestação e pedido de comissão
Com indicativo de paralisação do trabalho na próxima semana, os policiais civis e peritos realizaram manifestação na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na manhã desta quinta-feira (29).
O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) pede a criação de uma comissão especial no parlamento para que deputados realizam a intermediação da negociação salarial com o Governo do Estado. Objetivo da categoria é chegar ao 6º salário, e para isso precisa de um aumento de 30%.
Conforme o presidente do sindicato, Alexandre Barbosa, a alegação do Executivo é que não há fluxo em caixa para promover os reajustes do efetivo.
“Ele [Riedel] fala que falta de recursos, mas me causa estranheza isso. Em maio deste ano, ele deu um aumento, contemplou duas categorias do Estado com auxílio de saúde, que são os delegados e os fiscais de rendas, que são os melhores salários que existem hoje no Estado. Isso aí, para cada policial, delegado ou fiscal de renda, dá em média R$ 2 mil por mês a mais no salário deles. Eles já ganham bem. Nós, salário muito mais baixo do que isso. E o governador não tem condições de dar R$ 500 para nós, para cada policial trabalhar satisfeito”, disse.
Com informações do Midiamax
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