A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados decidiu montar uma força-tarefa para investigar como é empregado o dinheiro que deveria ir para prevenção e combate à queimadas, principalmente, no Pantanal e Amazônia. Primeiro, convocou
a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), para esclarecer as causas dos incêndios que atingiram São Paulo na última semana. Paralelamente, a comissão vai realizar um minucioso pente-fino nos gastos do governo Lula com a prevenção de queimadas. A convocação de Marina Silva, aprovada por unanimidade pelos membros da comissão, ocorre em meio a um contexto de críticas crescentes à gestão federal sobre a crise ambiental, especialmente diante da intensificação dos incêndios florestais e suas consequências para as áreas urbanas.
Os deputados também decidiram aprofundar a análise das ações do governo federal voltadas à prevenção de queimadas, questionando a alocação dos recursos públicos e a efetividade das medidas adotadas até o momento.
A investigação abrange não apenas os orçamentos destinados à prevenção, mas também os contratos e convênios firmados, especialmente aqueles voltados para a proteção de áreas vulneráveis, como a Amazônia e o Pantanal. Para alguns parlamentares, os recentes eventos em São Paulo são um reflexo de uma política ambiental que, na prática, estaria falhando em conter a expansão das queimadas.
O governo Lula, por sua vez, defende que os recursos foram aplicados de forma adequada e que os eventos climáticos extremos são fatores que complicam o controle das queimadas. No entanto, a pressão política sobre o Planalto aumenta, especialmente com a proximidade de novas discussões sobre o orçamento destinado à preservação ambiental no Congresso.
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