A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, ontem, dia 1º de novembro, o título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O projeto recebeu 37 votos favoráveis e 15 contrários; não há necessidade de sanção ou veto do prefeito da capital.
Como justificativa para a honraria, o autor do projeto disse que Michelle é defensora de causas sociais relacionadas às pessoas com deficiência. "Essas pautas também fazem parte do meu mandato, além disso, como vereador cristão, é importante ressaltar essa bandeira", apontou o vereador Rinaldi Digilio (União). Michelle nasceu em Ceilândia, no Distrito Federal.
A oposição na Câmara, no entanto, não concordou com o título. A vereadora Luna Zarattini (PT) afirmou que a ex-primeira-dama não teve nenhuma propositura para a cidade e não fez nada de útil à capital paulista.
"Julgo ser algo muito negativo para a cidade, para os paulistanos e para as paulistanas. Acredito que diminui a Câmara Municipal, porque é uma pessoa que está sendo investigada por vários casos envolvendo o desgoverno do Bolsonaro, que trouxe muitos desgastes, retrocessos para a população", apontou Luna, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos no legislativo municipal.
"Nessa mesma semana, a gente teve aprovação de um título para um cidadão paulistano que foi o Toninho Eustáquio, que descobriu a vala clandestina de Perus e ajudou a gente a levantar os crimes da ditadura militar. É um título muito importante, você não dá para qualquer pessoa", destacou.
Para o vereador Celso Giannazi (PSOL), é preciso cautela para dar a maior honraria da Câmara Municipal. "A Câmara está homenageando alguém que está sendo investigada pela Polícia Federal por vários problemas, inclusive pelo esquema que teria desviado o patrimônio privado do ex-presidente Jair Bolsonaro, a questão das joias e outros itens de valor expressivo recebidos na condição de presidente da República", disse.
Fonte - G1
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