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08/10/2025 às 12:27, Atualizado em 08/10/2025 às 13:32

Câmara abre processo contra Pollon e mais dois por ocupação do Plenário

Conselho de Ética decidiu sobre representações da Mesa Diretora contra os deputados

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Deputado Marcos Pollon é de MS. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu processo disciplinar contra o deputado de Mato Grosso do Sul Marcos Pollon (PL), nesta terça-feira, dia 07-10. Além disso, Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) também respondem por ocupação do Plenário — ato realizado em agosto deste ano.

Presidente do Conselho de Ética, o deputado Fabio Schiochet (União-SC) explicou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, juntou as representações da Mesa Diretora contra os três deputados. Então, as representações passam por análise em conjunto.

As representações solicitam a suspensão dos três deputados por um mês. Van Hattem e Zé Trovão são acusados de obstruir a cadeira do presidente, enquanto Pollon ocupou a cadeira de vice-presidente.

Ademais, existe um quarto processo, que é contra Pollon. O Conselho afirmou que este passa por análise separada. Isso porque há um pedido de suspensão do mandato dele por 90 dias. O processo se dá por declarações ofensivas contra o presidente da Câmara.

O presidente do Conselho escolhe o relator a partir da lista tríplice de deputados sorteada durante a reunião. Podem ganhar a posição: Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) ou Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR).

Já o relator da segunda representação contra Pollon pode ter outros nomes como relator. A escolha está entre: Castro Neto, Moses Rodrigues (União-CE) ou Ricardo Maia (MDB-BA).

Outro lado

O deputado por MS comentou sobre a decisão do Conselho. “Qualquer tentativa de penalidade não atinge apenas minha pessoa, mas atinge diretamente as prerrogativas parlamentares e, por consequência, enfraquece o Parlamento e os pilares da nossa democracia representativa”, disse em nota.

Já sobre o segundo processo que responde no Conselho, afirmou que as falas são ato legítimo. “Discursar é não apenas um direito, mas uma das funções essenciais do mandato, atividade indispensável à democracia e integralmente protegida pela Constituição, independentemente do conteúdo da fala”, apontou sobre a representação.

Baixa da suspensão

A Corregedoria pediu 120 dias de suspensão para Pollon. O deputado de MS recebeu penalidade maior que a dos colegas, que tinham 30 dias de suspensão sugeridos.

No entanto, a Mesa Diretora igualou o tempo de suspensão para todos. Ou seja, o documento encaminhado ao Conselho de Ética considera 30 dias de suspensão para Pollon.

A recomendação do relator também abarcava censura escrita para os três. Ademais, aponta a recomendação para: Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pr. Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL; e Zucco (PL-RS), líder da oposição.

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Relembre

No início de agosto, os deputados de oposição ocuparam o plenário das Casas — Senado e Câmara dos Deputados. No total, foram mais de 30 horas de obstrução dos trabalhos.

Assim, após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), aliados ocuparam as mesas da Câmara e do Senado. Logo, pediram anistia, fim do foro privilegiado e impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

O fim do motim gerou negociação da votação da PEC da Blindagem. O texto dificulta a prisão de deputados e senadores, já que a ação criminal passaria por votação nas Casas primeiro.

Por fim, o texto entrou em urgência na Câmara e recebeu aprovação dos deputados. Agora, aguarda tramitação no Senado.

Com informações do Midiamax

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