Caciques do PSDB e MDB de Mato Grosso do Sul descartam que haja tempo dos dois partidos firmarem uma federação ainda para as eleições de 2022. A conversa foi levantada há alguns dias pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, que procurou o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi para iniciar conversas e tentar a união.
Porém, lideranças regionais não creem que a ideia prospere, como é o caso do presidente do MDB/MS Junior Mochi. Para ele, a federação é um assunto que precisa de mais tempo para ser discutido, por isso, nas eleições deste ano não dará certo. Ele crê que para que duas siglas ou mais consigam alinhar a federação é necessário ao menos seis meses de conversas.
“Não vou dizer que é impossível, mas é improvável que aconteça porque se trata de dois partidos grandes, com grandes lideranças e com capilaridade. Eu acho difícil essa ideia prosperar”, disse ele que também indica que os diretórios regionais que devem ser ouvidos.
André e Riedel juntos?
Uma das obrigações das siglas que implementam a federação é que os partidos permaneçam “unidos” por quatro anos, permanecendo sua independência em seus estatutos, nomes e fundo partidário.
Porém, o acerto exige que os partidos entrem em acordo para lançar candidaturas únicas nacionalmente (para Congresso e Presidência) e nos estados (governo estadual, prefeitura, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais).
Isso implicaria em hipótese de dar certo, em uma série de dobradinhas como: Simone e Doria na chapa presidencial, e no caso de MS teria a chapa de governo com Eduardo Riedel e André Puccinelli.
Essa regra é vista como um obstáculo nos diretórios regionais de todo o país, pois a existem divergências locais sobre candidatos a serem indicados e apoio na corrida presidencial.
Para Mochi, é quase impossível essa conjectura entre PSDB e MDB no Estado.
“Temos dois pré-candidatos dos partidos que são figuras muito importantes para as legendas e que dificilmente recuam internamente em detrimento disso. O André mesmo que é do meu partido está convicto ao governo. O MDB estadual já trabalha fortemente para montar as chapas de deputados estaduais, deputados federais e articulando os papéis para esta eleição. Como esse assunto de federação está só em conversações eu não estou muito preocupado com isso.”
Sobre o assunto, o governador Reinaldo Azambuja, disse ao colunista Bosco Martins, que não acredita que a ideia prospere a tempo.
O que diz Simone
A senadora Simone Tebet pré-candidata à presidência, afirmou que a discussão é saudável, mas, assim como Mochi do MDB, enxerga que não há tempo para esse arranjo.
“Fui consultada e dei sinal verde para essa conversa com o PSDB. Apesar da dificuldade, acho difícil essa possibilidade porque teria que ter acordo até dia 2 de março para firmar essa federação. Mas concordamos que tem de haver aval das regionais, mas é quase impossível, pois aqui mesmo no Mato Grosso do Sul temos duas candidaturas dos partidos ao Governo do Estado.”
Com informações do TopmidiaNews
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