Cabos e soldados saem sem reajuste salarial após reunião com governador

Não houve acordo, entre o governador André Puccinelli (PMDB), e a ACSPMBM/MS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), em reunião na tarde desta sexta-feira (1), na governadoria em Campo Grande, sobre a possibilidade de reajuste salarial e atualização de promoções para cabos e soldados, diz a ACS.

Segundo a Associação, após mobilizações dos militares em 2012, foi firmado um acordo com Puccinelli, na qual até 2015 um soldado teria um salário de aproximadamente R$ 4.600.

Cláudio Souza, vice-presidente da Associação, conta que o governador, prometeu que iria estudar as propostas e posteriormente chamaria a categoria para novas negociações. Hoje o salário de um soldado é de R$ 2.200, sendo um dos piores do País, afirma o representante dos militares.

“O governador não honra nenhum tipo de compromisso com a categoria, quem ganha bem são os oficiais, quem está na rua está mal. Se não houver acordo, partiremos para uma radicalização”, diz Cláudio.

Outro ponto, é em relação à Lei Complementar 053/1990, Estatuto da PM (Polícia Militar), na qual especifica que cabos e soldados da PM e BM, têm direito de receber a cada seis meses o fardamento, mas na prática, não é o que acontece.

Ainda de acordo com a ACS, farda, camiseta, coturno, boina, algema, coldre (suporte para guardar a arma), tonfa (cassetete de plástico), insígnias (bordados) e coletes à prova de balas são todos adquiridos pelos próprios policiais, por um alto custo.