Publicado em 20/03/2012 às 17:53, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Ainda sem sinalizar greve, cerca de 300 policiais militares e bombeiros associados a ACS (Associação de Cabos e Soldados), se reuniram para uma Assembléia Geral, na manhã desta terça-feira (20), em Campo Grande.
A intenção é discutir propostas salariais e de carreira, registradas em ata durante as três últimas semanas em que o presidente da entidade, Edimar Soares da Silva, esteve pessoalmente com as tropas da Capital e do interior.
Temos três propostas para discutir e encaminhar ao Governo do Estado, visando a redemocratização dos nossos honorários. Uma delas seria a verticalização do salário do soldado, que poderia receber o equivalente a 25% do salário atual do coronel. A outra seria o valor pecuniário dos praças e não em espécie, com um aumento em valores reais, explica o presidente da ACS.
A terceira e última proposta faz menção a HPM (Habilitação de Policiais Militares). Poderia ser feito um reajuste menor dos oficiais em detrimento dos praças, já que temos o 23° salário do ranking no país. E, se obtivermos um aumento de 10%, para o coronel isso significa R$ 1600 a mais enquanto que para o soldado apenas R$ 195, afirma o presidente da ACS.
Todas as propostas, segundo o presidente Edimar, servem como meio de recuperar o distanciamento dos salários, discutidos desde 2004. E a entidade aguarda ser chamada para uma reunião com o governador ainda este mês. Ele prometeu convocar a classe em Março, alerta o presidente da ACS.
No mês passado, quando o Estado do Rio de Janeiro e a Bahia realizaram uma greve e centenas de homicídios foram registrados, o presidente afirma que focos pequenos de mobilização também foram registrados em Mato Grosso do Sul.
A reivindicação maior diz respeito a negociação salarial e aquele foi um mês de risco, que a ACS conseguiu controlar através da Assembléia marcada para hoje, diz o presidente da ACS.