No próximo dia 24, os franceses voltarão às urnas para escolher quem ocupará o Palácio do Eliseu nos próximos 5 anos. O atual presidente, Emmanuel Macron, 44 anos, centrista, tenta a reeleição.
Ele não participou de nenhum debate na TV ao longo da campanha. Sua adversária, Marine Le Pen, 53, de direita, esteve em todos. A diferença entre os dois no 1º turno foi de 4,7% dos votos.
Entre as principais emissoras de TV no Brasil há grande expectativa em relação aos debates sobre a eleição de outubro. A equipe de Jair Bolsonaro (PL) participou de reuniões com alguns canais, mas ainda não confirmou a presença dele em nenhum dos programas.
No 1º turno, estão confirmados os debates na CNN Brasil (6/8), Jovem Pan News (9/8), Band (14/8), RedeTV! (2/9), TV Aparecida (13/9), SBT (24/9) e Globo (29/9).
Em 2018, o então candidato do PSL participou dos debates na RedeTV! e Band. Logo depois sofreu o atentado a faca. Ausentou-se dos demais confrontos entre presidenciáveis. Recusou os convites para debater com Fernando Haddad (PT) no 2º turno.
Os analistas políticos consideram os debates na TV imprescindíveis para o eleitor indeciso definir em quem vai votar. Um possível ‘duelo’ entre Bolsonaro e Lula (PT) é visto como o momento mais importante do telejornalismo do ano.
A Globo sempre faz o último debate nos dois turnos. Em 2014, o encontro final entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) rendeu 31 pontos de audiência.
Quatro anos depois, o debate no 1º turno registrou 22 pontos, com a presença de Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).
Desde o início do mandato, Bolsonaro tem criticado o jornalismo da Globo. Xingou William Bonner de “canalha” e “sem-vergonha”. Em uma live, se ofereceu para dar entrevista ao vivo à emissora. Indicou várias vezes que pode não assinar a renovação da concessão.
Ir ao debate seria uma oportunidade de confrontar a TV da família Marinho. Na França, Macron se deu bem ao fugir da artilharia dos concorrentes diante das câmeras. Desafeto declarado de Bolsonaro, ele pode inspirar o presidente brasileiro a fazer o mesmo.
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